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31 de agosto de 2012

Lendas Brasileiras na Cozinha - Blog e-Urbanidade

Quase em primeira mão e vale a pena o destaque para o encontro entre dois bons amigos daqui de São Paulo, também chefs de cozinha, Carlos Ribeiro (do Na Cozinha) e William Katô. A dupla estará junta na edição do projeto Lendas Brasileiras na Cozinha no mês de setembro.  

Carlos é paraibano, tem seu restaurante na Haddock Lobo e é conhecido pelas misturas regionais, como o buraco quente com picadinho de filé mignon (servido na Virada Cultural), o baião de dois e o mixidinho paraibano (apresentado no Chefs na Rua na comemoração do centenário do Rei do Baião). 

A primeira edição, então, contará com a participação de William que trará sua especialidade - a comida e os ingredientes tipicamente brasileiros - com enfoque nos elementos do Amazonas, estado natal do chef

Quando eu tiver a data correta, coloco aqui. Mas, já deu água na boca, não?!

29 de agosto de 2012

Gikovate e o poder da mudança - Crônica - Blog e-Urbanidade

Passei a ser um dos mais assíduos ouvintes de podcast, tenho baixado e caminhado pela cidade escutando os mais variados programas. Esta semana estou escutando o psicoterapeuta Flávio Gikovate pela CBN. São programas gravados semanalmente na Livraria Cultura do Conjunto Nacional em São Paulo, onde o terapeuta responde perguntas dos expectadores presentes no teatro, algumas escritas e outras feitas por e-mail. Também, abre falando de um tema geral. Já ouvi sobre a tristeza, a alegria, a preguiça e por ai vai.

Gosto de Gikovate após ler alguns dos seus livros e, principalmente, pela forma pragmática de tocar a vida. Por exemplo, impressionou-me a sua visão sobre o uso de remédios para insônia ou qualquer outro para manter o humor. Ao ser perguntado se eles viciam, disse: - É melhor ficar viciado ou dormir mal? – E completa: - Ter insônia é a pior coisa do mundo. – Durante o restante da exposição não defende o uso do remédio por si só, mas que devemos tirar alguns preconceitos sobre tais procedimentos. Se o problema é crônico, assim como hipertensos ou diabéticos usam artifícios farmacêuticos, as pessoas com problemas psíquicos também devem usar tais medicamentos e serem felizes.

Mas, o assunto que me deixou mais reflexivo, apesar de não ser tão novidade assim, trata-se do foco do trabalho da psicoterapia. Ao ser perguntado por uma das participantes sobre o que fazer com os pais que não mudavam, ele respondeu: - Quem muda é você. A única peça que temos o poder de mexer é a nossa, ou seja, em nós mesmos.

Posso dizer. com toda a certeza. que foi esse o meu grande achado nos anos de psicoterapia. Não dá pra esperar que o outro se mexa. Se para nós mesmos mudarmos alguma coisa é difícil, imagina a dificuldade em fazer com que o outro se mexa, porque achamos isso ou aquilo?

Muitas vezes mudar significa pensar de forma diferente. Talvez seja apenas uma atitude em fazer com que determinada coisa nos afete com menos força. O importante é dar menor poder às coisas. Sentir menos dor quando alguém te fecha a cara ou até mesmo te corta no trânsito, descobrindo os motivos reais e internos em sentir aquilo. Por outro lado, não devemos fazer o jogo de que está tudo bem e nem, se necessário for, deixar de avisar ao outro sobre a necessidade de mudar aqui ou acolá. Porém, o importante é compreender que a mudança sempre parte de nós mesmos, a única peça possível a ser alterada.

Alterar alguma coisa em nós mesmos não é tarefa fácil, leva tempo e é preciso ter foco.E faz parte do processo de amadurecimento.

E para terminar, se quiser baixar os podcasts do Gikovate e outros mais da CBN, só entrar no site deles e assinar. Em seguida, todos baixam automaticamente pelo seu computador ou celular. Também gosto de ouvir o Max Gehringer e Miriam Leitão. Até mais.

28 de agosto de 2012

Quando a Arte encontra o Design – uma mostra da Arte Aplicada Brasileira - Blog e-Urbanidade


Abre a partir de hoje e fica até dia 15 de setembro a exposição Quando a Arte encontra o Design – uma mostra da Arte Aplicada Brasileira no espaço ETEL,  com obras de Marcelo Cipis, Roberto Mícoli e Paulo Werneck.

Inédita, a coletiva traz peças conceituais de Arte Aplicada. Obras assinadas por renomados artistas que são ao mesmo tempo criações artísticas únicas e com determinada funcionalidade.  

As Kaixollas, de Marcelo Cipis, surgiram da necessidade de, chegando-se em casa ou no trabalho, organizar os pertences como chaves, documentos, carteiras, óculos, lenços, canetas, celulares e outros itens, num só lugar. Nada melhor do que garantir o local adequado para guardar todos esses badulaques.

Da mistura de caixa com cachola, cujo significado é cabeça, surgiu caixola e daí Kaixolla. Sendo o objeto, uma “cabeça”, Marcelo Cipis desenha nela os componentes faciais comuns aos seres humanos: boca, olhos, nariz e ouvidos, criando feições diferentes de uma para outra. São peças únicas, pintadas uma a uma, assinadas, datadas e numeradas. Trata-se, portanto, de uma obra utilitária, mas também de uma obra de arte.

O caráter múltiplo de atuação permeia toda a obra deste artista. O protótipo da Kaixolla foi projetado pela designer Etel Carmona, que, junto a Cipis, criou para o objeto soluções simples e refinadas. A parceria entre os dois artistas teve início em 1991, quando Etel confeccionou os móveis, desenhados na época por Fúlvio Nanni, para a instalação Cipis Transworld, apresentada por Marcelo na 21.ª Bienal Internacional de São Paulo.


Um casamento perfeito entre o trabalho dessa designer que trata a madeira com tanto amor e o trabalho desse artista que oferece a cada peça um toque humano e divertido. Marcelo Cipis transita pelo desenho, pela ilustração em revistas, por jornais, em livros infantis (também como autor dos textos), em livros em geral, em projetos gráficos, em logotipos, em pintura, em escultura, em instalações, em design de luminárias, em móveis e outros.

Telas de Roberto Mícoli compõem biombos cujo design de Etel resgata os conceitos de “arte aplicada” do modernismo brasileiro, tendo John Grass e Flavio de Carvalho - entre outros - como fortes expressões do período.

Serviço 
Exposição: Quando a Arte encontra o Design – uma mostra da Arte Aplicada Brasileira
 Horário: 18h às 22h
Local: ETEL - Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1.834, Jardim Paulistano, São Paulo
Período de Exposição: 29 de agosto a 29 de setembro

27 de agosto de 2012

Equus - o espetáculo - Blog e-Urbanidade


Equus
Não muito animado, fui assistir a versão brasileira do espetáculo Equus em cartaz no Teatro Folha aqui em São Paulo. Destacada pela crítica com boas pontuações e críticas, nos Estados Unidos a peça chamou a atenção por ter o eterno Harry Porter (Daniel Radcliffe ) no papel de Alan, personagem principal e interpretado aqui por Leonardo Miggiorin. E digo já de início, uma atuação excelente.

O texto é original de 1973, foi Vencedor do Tony (o Oscar do Teatro americano) de melhor espetáculo em 1975, Equus estreou por aqui no ano seguinte, com Paulo Autran e Ewerton de Castro. Também virou filme em 78 e levou dois Globos de Ouro, de melhor ator e ator coadjuvante.

O drama psicológico conta a busca de um psiquiatra (Andreato) em encontrar os motivos que levaram um jovem (Miggiorin) a cegar cinco cavalos. A partir daí descortina uma história cheia de interpretações sobre as neurores humanas.

As interpretações são ótimas, incluindo as de Leonardo e de Andreato. Outras boas cenas são acrescentadas em toda história, mostrando a competente montagem e criação dos personagens pela direção. O elenco é bem regular e competente, principalmente, ao assistir durante a semana, com menos de meia casa, foram todos profissionais e se entregaram totalmente aos personagens, como se tivesse lotado.

A nudez masculina e feminina é bem colocada na construção da narrativa, apesar achar não ser necessária no segundo momento, mas é só questão de opinião. A dramaturgia é excelente e Peter Shaffer constrói uma história dramática, com viés psicológico, mesmo pensando ser fácil escrever um suspense quando o autor vai entregando aos poucos os acontecimentos. Já diria algum crítico ferrenho que se trata de uma estratégia injusta com o expectador.

O espetáculo está em cartaz, com preços populares até outubro e vale a pena ser visto. Não tenho mais dúvida disso.

Minha opinião
: )

Serviço: 
Estreou: 6 de abril
Temporada: até 27 de setembro
Horários: quartas e quintas, 21h
 Ingressos*: R$10 (setor 2) e R$20 (setor 1)
 Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 16 anos
Site da peça, clique aqui
Site do teatro, clique aqui.

24 de agosto de 2012

Morar Mais por Menos Brasília 2012 - Blog e-Urbanidade


Está rolando mais uma edição do Morar Mais por Menos em Brasília. Para quem não sabe, fui um dos organizadores das quatro primeiras edições do evento na Capital e em das duas primeiras, em Goiânia.

Como possivelmente não vou conseguir ver in loco, destaco um dos ambientes que conferi por foto, enviada pela Assessoria de Imprensa. Trata-se da Suíte do Rapaz, um espaço em homenagem ao cantor Felipe Bittencourt, vocalista da banda Surf Sessions, assinado pela arquiteta Karla Madrilis. Projetado para um jovem estudante de medicina que tem como hobbies a música e o surf, o ambiente possui como destaque um estilo bem despojado e contemporâneo. Apaixonado pela natureza, o homenageado preocupa-se com o meio ambiente e só adquire produtos certificados. Artesanato brasileiro, materiais naturais, conforto e praticidade estão entre suas preferências, e por isso, foram incorporados ao ambiente.

Traduzindo o perfil da mostra, a profissional utilizou também elementos impactantes em seu projeto de interior, sem deixar de lado a questão da sustentabilidade e a economia de recursos. Olha que legal a pia do banheiro elaborada com um tambor reaproveitado, mantido em sua cor e desgaste originais. Para baratear o custo da obra, a arquiteta fez uso ainda de fulget (um revestimento econômico) em todas as paredes; mescla de lâmpadas led e fluorescentes no projeto luminotécnico; piso flutuante aplicado sobre o original; e brises de bambu para camuflar antigas esquadrias e evitar a utilização de ar condicionado.

Apesar do estilo despojado, o ambiente é composto por móveis com tecnologia de ponta e aspecto retrô. A profissional prestigia ainda o trabalho de inúmeros artistas brasileiros. “A rede é de artesãos brasilienses que trabalham com tear manual. Já os artesanatos que adornam o espaço, foram adquiridos em viagens pelo Brasil”, explica Karla.

Pensando também no reaproveitamento dos objetos, todas as peças e materiais utilizados na Suíte do Rapaz serão reutilizados posteriormente em projetos que estão em andamento no escritório da arquiteta. Ela destaca que “nada do que sai da mostra é descartado, pois essa é uma forma de participar do evento, sem gerar mais lixo”.

O Morar Mais Brasília está aberto ao público até o dia 23 de setembro. O horário de funcionamento é de terça a domingo das 12h às 22h.

22 de agosto de 2012

360 de Fernando Meirelles - Blog e-Urbanidade

 Já ouviu falar daquela premissa da teoria do caos ao afirmar que toda atitude reverbera de forma imprevisível e aleatória? Uma ação aqui pode ter efeito do outro lado do mundo? A partir desse pressuposto foi criado o roteiro do filme 360, nova produção e direção de Fernando Meirelles.

360 - O Filme
Acostumado a fazer películas tensas e quase autorais, agora aposta em uma produção simples e, mesmo que o tema central seja confuso, não fica complicado na tela. 360 aposta em nove histórias paralelas, acontecida em 4 países e 6 idiomas. Maria Flor interpreta Laura, namorada do fotógrafo Rui (Juliano Cazarré) e deixam o Brasil para morar na Inglaterra. Ao descobrir que o parceiro está tendo um caso com Rose (Weisz), ela volta para cá. No avião conhece Old Man (Hopkins) e Tyler (Ben Foster), duas pessoas em momentos difíceis em suas vidas. Do outro lado do mundo existe a tcheca Mirka (Lucia Siposová) que decide trabalhar como prostituta para juntar dinheiro. O primeiro cliente de ela é Michael (Law), que por sua vez é casado com Rose. Esqueci ainda a história do dentista, da mulher da boina vermelha e seu marido...

Com um elenco estrelar, não há um protagonista na narrativa, permitindo, por exemplo, que Maria Flor faça uma participação das mais felizes. Não se pode dizer que há grandes interpretações, pois são concisas e econômicas, apostando naquela ideia de que o aparente nem sempre é o real e acabamos por simplificar os nossos problemas para seguir em frente. Não dá para ficar chorando sem parar. Também vale dizer que o roteirista Peter Morgan (A Rainha, O Último Rei da Escócia...) optou por um final feliz, sem tragédias, mesmo que a gente ache que Mirka e Tyler não darão conta disso. Porém, a história não é superficial.

Não é um grande filme. Mas, é bem feito, ótima produção e fotografia, roteiro correto, elenco na medida e direção limpa!

Minha opinião 
:] 

21 de agosto de 2012

A Bienal do Livro e o Ponto Chic - Blog e-Urbanidade

Ponto Chick
O que foi aquilo? A Bienal do Livro de São Paulo no sábado, dia 18 de agosto? Nunca vi uma coisa daquelas. Era tanta gente junta que achei que não tinha ficado mais ninguém nas ruas...

Cheguei por volta das 9h das manhã e  já havia uma fila quilométrica para pagar, para entrar e qualquer coisa mais. Imaginando que o negócio ia dar confusão, tratei de correr na praça de alimentação, assim que cheguei, carreguei de água e lanche. Então, tive a sorte de passar no espaço Cozinhando com as Palavras e me inscrevi na primeira palestra. O tema era o livro recentemente lançado pela editora Senac chamado Ponto Chic.

A partir dali tive a certeza que a minha ida no sábado só valera por isso, pois conheci o restaurante, tive acesso a deliciosas histórias sobre São Paulo, vi e experimentei o original bauru paulista, fora que aprendi sobre sua gênese. Para terminar, comprei o livro e estou lendo bem aos poucos, como a gente faz com as coisas que a gente gosta muito.

Algumas coisas eu tenho a certeza que farei em breve. Vou lá comer alguns daqueles pratos do local, como o bauru (claro!), a fritada e o parmegiana deliciosamente apresentado com foto e receita ao final do volume. Também vou ler outras coisas do autor Angelo Iacocca e, pra fechar o ciclo, farei, no mínimo, dois posts aqui no blog, um sobre as comidas e outro do livro.

Para terminar sobre a Bienal, por volta das 14h aquilo era um formigueiro. Filas e mais filas para pagar os livros. Não era possível nem andar pelos corredores. Como eu tinha já uma lista pré-estabelecida, fui ver o preço. Oras bolas, o mesmo preço das livrarias. Então, segui em linha reta até a saída e fui pra casa. Ah, se não fosse o Ponto Chic teria detestado...

20 de agosto de 2012

A Vida de Outra Mulher - Blog e-Urbanidade

A Vida de Outra Mulher
Imagine um argumento típico do cinema americano sendo realizado por franceses. Pensou? Então, foi assim que me senti quando vi o trailer e ao assistir o longa-metragem A Vida de Outra Mulher com Juliette Binoche e dirigido atriz Sylvie Testud de Piaf – Um Hino ao Amor. A história é assim, ela é uma mulher com vinte e cinco anos que acaba de se apaixonar por Paul (Mathieu Kassovit), assim que acorda, “no dia seguinte”, tem 41 anos, é mãe, empresária muito bem sucedida e está à beira do divórcio. A partir daí, nasce uma história cheia de redescoberta e perguntas do tipo “O que fiz da minha vida?”.

Se os americanos sempre caem nos chavões de sempre, em A Vida de Outra Mulher os roteiristas apostaram em discutir em como agiríamos se tivéssemos aquele jeito apaixonado pela vida e pelo amor da sua vida igual há quinze anos. Se imagine numa relação duradoura e se acordasse hoje apaixonado como no primeiro dia? E se ainda mantivesse a leveza deixada de lado à medida que a vida foi aprontando das suas? Quem você perdoaria?

O mais interessante no filme é o tom leve de toda essa narrativa, sem ser superficial. Talvez, uma das cenas finais, em que Marie e Paul conversam, é uma das mais emocionantes que já vi. Além de me identificar, senti que muita gente no cinema também havia sido sugada pela história daquela mulher desconhecida, por ela mesma, após quinze anos. Também nos fascina a possibilidade de mudar a vida se tivéssemos uma nova chance. E pensar na existência de um elixir que permitisse resgatar aquele amor de outrora ou, quem sabe, como seria bom se ainda sentíssimos feliz com as coisas simples que acabamos nos distanciando à medida que fomos criando mecanismos de (in)felicidade na vida...

Eu gosto sempre de dizer que avalio a qualidade de um filme pelo o tempo que a plateia fica sentada quando os créditos começam a cair. E, impressionante!, ninguém queria sair do cinema. Vi pessoas limpando lágrimas e tentando resgatar aquele “eu” de outrora. Então, com toda certeza, vale a pena ser assistido.

Em seguida, assisti 360 de Fernando Meirelles e conto amanhã.

Minha opinião 
: ) 

19 de agosto de 2012

Impressões de Maria do Caritó - Blog e-Urbanidade

Maria do Caritó, a peça que está em cartaz na FAAP em São Paulo, traz Lilia Cabral na pele de uma solteirona que tem sua virgindade prometida a um santo, portanto aos cinquenta anos procura dar um “jeitinho” para se livrar dessa sina.

O espetáculo chega agora aos palcos paulistanos, após sucesso absoluto no Rio de Janeiro. A montagem tem vários pontos positivos. O primeiro deles é o texto de Newton Moreno, considerado um dos bons dramaturgos brasileiros atuais. Além de apresentar um argumento interessantíssimo, consegue resolvê-lo, criar suspense, apresenta lições para se pensar, leva a boas gargalhadas e a momentos de emoção e dá ainda um final feliz. Além de ser uma imersão no mundo da religiosidade, por alguns momentos senti uma forte inspiração em Dias Gomes, em O Berço do Herói, peça que inspirou Roque Santeiro.

A comédia foi vencedora do Prêmio Arte Qualidade Brasil 2010 nas categorias Diretor, Atriz e Espetáculo e teve indicação recorde para Prêmio Shell 2010, sendo indicado em 06 categorias: direção, texto, atriz, cenografia, trilha sonora e figurino e vencedor na categoria Direção.

Ok! Bom espetáculo que infelizmente não me empolgou muito. Encontrei uma Lilia Cabral burocrática demais em algumas cenas, ou seja, um pouco automatizada, apesar de emocionar e nos fazer rir em alguns momentos. Irregular. Sem dúvida, na apresentação que vi na sexta-feira, o destaque esteve mesmo nas mãos no restante do elenco, como Dani Barros e Fernando Neves.

Claro que fico um pouco encabulado de levantar alguma crítica negativa para um espetáculo tão elogiado e com tantos elementos de alto profissionalismo na dramaturgia nacional, mas esperava mais deste projeto. Quem sabe não era meu dia de sorte...

Para ver o serviço da peça, clique aqui

Minha opinião 
:]

15 de agosto de 2012

Guia Politicamente Incorreto da Filosofia - Blog e-Urbanidade

Guia Politicamente Incorreto
da Filosofia
Há muito tempo não lia um livro tão cheio de personalidade e contundente em opiniões e teorizações sobre o mundo moderno. Guia Politicamente Incorreto da Filosofia do Luiz Felipe Pondé faz parte da Série Guia Politicamente Incorreto lançados pela editora LeYa. O autor eu já conhecia das suas colunas (que sempre leio) na Folha de São Paulo e é também doutor em filosofia pela USP (Universidade de São Paulo) e pela Université de Paris 8.

Fui fisgado pelas críticas incisivas do autor ao mundo do politicamente correto em proteger suas minorias e  análise corajosa de algumas instituições, como a universidade. Pra dizer bem a verdade, li tudo em duas ou três sentadas, até porque o livro apresenta suas ideias a partir de textos curtos, sempre focando em algum tema específico.

Para entender melhor o que estou dizendo, decidi selecionar alguns trechos para exemplificar as ideias do autor:

... é a percepção de que alguns poucos capazes são sempre responsáveis pelo mundo” (pag. 38) 

" ... a igualdade ama a mediocridade” (pag. 42)

“... inteligência no homem é como dinheiro, uma forma de potência. O homem apenas precisa da beleza da mulher e, se a amar, da sua fidelidade” (pag. 87)

Não há nada de se esperar da universidade” (pag. 101)

 “Outro tipo mentiroso e politicamente correto é o ‘artista’. As artes plásticas contemporâneas ajudam muito para isso, na medida em que gente que não sabe desenhar pode ser artista figurativo.” ( pag. 101)

Somos basicamente covardes porque a vida é basicamente infeliz”. (pag. 174)

A praga do politicamente correto deve ser combatida não porque seja bonito dizer piadas racistas (não é), mas porque ela é um instrumento de (maus) profissionais da cultura, normalmente gente mau-caráter, fraca intelectualmente, pobre e oportunista, para aniquilar o livre ‘comércio das ideias’ ao seu redor, controlando as instâncias de razão pública, com universidades, escolas, jornais, revistas, rádio. TV e tribunais”. (pag. 215)

 “... escritor francês Bernanos: ‘Os homens são como nozes, só revelam o seu melhor quando são esmagados’. O valor a vida se arranca das pedras” (pag. 223)

Pondé é colunista da Folha e professor da USP
O ponto alto do livro são as discussões sempre embasadas em aspectos filosóficos, porém, em alguns momentos, percebi que o autor não se aprofunda muito nas questões, parecendo apenas um questionador do status quo. Não que isso seja ruim, mas parece que Pondé é capaz de criticar e não de apontar para uma saída para tudo. Senti falta em ir fundo em alguns temas.

A grande verdade é que a sociedade brasileira vem mesmo sofrendo com essas falácias dos que defendem o tal politicamente correto e, como consequência, nossa sociedade anda ficando puritana demais, quase como nos Estados Unidos que derrubam políticos porque dormiu com fulana ou fulano de tal. Ao mesmo tempo, Pondé me colocou numa saia justa: como podemos pensar na inclusão de grupos minoritários sem cairmos na discussão do politicamente correto? Não sei definir o limite e acho que o autor não aponta para isso também.

Guia Politicamente Incorreto da Filosofia é um livro a ser colocado na sua lista de novas compras, pois o levará a uma reflexão sobre o mundo atual e, se tiver sorte, encontrar um amigo para discutir alguns assuntos. Também sugiro como presente. Sabe aquele aniversário que você tem e procura um presente? Se seu aniversariante for um sujeito que gosta de uma boa leitura, recomendo.

13 de agosto de 2012

O Brasil de Aquele Abraço - Crônica - Blog e-Urbanidade

Assisti ao encerramento das Olimpíadas de Londres e terminei envolvido em um sentimento ufanista extremamente evidente. Assim que vi o prefeito do Rio de Janeiro balançando a bandeira olímpica e o Hino Nacional sendo executado em rede internacional de tevê, me emocionei. Quando Marisa Monte, Seu Jorge e, por fim, Pelé entraram na arena da festa de ontem, cantando Aquele Abraço, um filme passou em minha cabeça.

Lembrei-me de quando era criança e adolescente, falávamos e acreditávamos que o Brasil ainda ia dar certo. Mas, a gente não botava muita fé. Não sei por que, mas me veio aquele dia em que assistíamos tevê na sala de casa e Sarney dizia de um novo plano ou de tirar zeros ou de congelar salários ou criação de um gatilho salarial ou... Eram tantos planos que tínhamos a certeza de que nada daria certo. E naquela época a gente recebia o salário pela manhã, tinha que correr até o doleiro e trocar a moeda para ver se assim dava para pagar as contas que venceriam no final daquele mesmo mês. 

Lembrei-me do dia que Fernando Collor acabou com a poupança de todos. Algumas pessoas se mataram, outras se desesperaram e, o pior, esse mesmo sujeito foi destituído do cargo anos depois. Aqui também é aquele país do presidente letrado, estudou na Soborne. E quando Lula finalmente ganhou a eleição?  (Se você acha que esse é um texto lulista, petista ou qualquer outra coisa, pode parar por aqui. Meu objetivo é apenas pensar na nossa história, cruamente!) Fico pensando se teríamos chegado lá se um sujeito simples não tivesse chegado à presidência.

Erámos um país em que o bom estava lá fora. Tínhamos que aprender indo para a Europa e, se a grana não desse, uma chegadinha em Buenos Aires. Ares europeu! E acho que ai está o grande legado de Lula, retirando qualquer discurso político no tema, acreditar nesse país torto. Vou ser sincero, eu morria de ódio e já teci muitas e muitas discussões sobre o tema assim que fui conseguindo elementos para entrar nelas, a valorização de obras nacionais que nos colocavam ainda menores. Por exemplo, o brasileiro típico de Macunaíma, um brasileiro feio, envergonhado, atrapalhado, feio, pequeno, nascido em pé e ainda com cara de mané. 

Não, não acho que com a chegada do Brasil nas Olimpíadas ou na Copa tenha resolvido grandes problemas nacionais, mas já andamos um bocado para resolvê-los. Por isso, ontem escrevi no Twitter que construímos, sim, um país. Eu, você e todos nós. Um país que começa a valorizar sua arte e sua cultura sem que isso descambe para esculhambação de Oswald de Andrade. Um Brasil que trabalha, tem competência, se esforça, com uma religião sincretista presente até mesmo naquelas que vieram de outros continentes como a protestante e católica. 

É, estou feliz com esse país. O Aquele Abraço lá de Londres de ontem mostra que avançamos bem. Chegamos lá, sem que isso não deixe de apontar para novos desafios, mas com orgulho de que realmente construímos um país que, querendo ou não, deu certo.

9 de agosto de 2012

Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge - Blog e-Urbanidade

Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge
Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge está no Guia da Revista Veja com três estrelas, não sei se isso é bom ou ruim, mas existe uma série de filmes com uma ou duas que gostei bastante. Muito bem, com certeza, por essa premissa, a película do Morcegão seria ótima, certo? Engano! Talvez seja o filme de herói mais insuportável que já assisti em toda a minha vida cinematográfica. Nada me empolgou, nem mesmo Anne Hathaway conseguiu virar o jogo.

Para dizer a verdade, nem sei como fazer uma sinopse sobre o filme diante de tantas histórias explicações, flash-backs, mas vou tentar: Batman, que é um sujeito deprimido por natureza, se isolou em sua mansão após o fim dos crimes em Gotham City. Mas uma nova ameaça aparece, o brutamontes Bane que deseja dominar o mundo, acabar com Gotham e executar todos os clichês de filmes de super-heróis. Ah, e tem a ladra Kyle (Hathaway) para ajudar o Morcegão e um sujeito chamado, nas últimas cenas, de Robin.

Então, se prepare para uma história confusa e um herói fraco.  Batman apanha, leva na cara, fica pobre, é roubado, sua digital é falsificada, não anda direito, fica preso por horas e horas, chatinho, até corno ele é. Nem aquele sujeito galanteador e esperto ele é mais. A única coisa que Batman não é, com certeza, é super-herói.  Fora que Orson Welles criou um monstro!

Vou explicar melhor essa história. Orson foi o diretor de Cidadão Kane, de 1941, inovou por contar uma história a partir de flash-backs (cenas de períodos anteriores do personagem usadas para explicar o presente), por isso é considerado o Pai dos Flash-backs. E tal elemento narrativo é explorado aos montes no filme. E já perceberam, me incomodou.  Esgotou!

Por isso, por favor, vá fazer outra coisa, mesmo que se sinta extremamente movido a ver o herói da sua infância, como foi da minha. Mas nada vale a pena, fora que nas cenas de tiro, fiquei olhando se alguém entrava com uma arma na mão e fosse atirando na sala. Neurores urbanas, fazer o quê!?

Minha opinião: ¬¬

8 de agosto de 2012

Polo Design Show 2012 - Blog e-Urbanidade

A Polo Design Show, terceira edição da mostra de design de interiores do ABC, será realizada entre os dias 18 de setembro e 21 de outubro, no Pavilhão Vera Cruz, localizado na Avenida Lucas Nogueira Garcês, 856, em São Bernardo do Campo (SP).

Organizado pelo Polo Design Center, que é a Associação dos Lojistas de Decoração do ABC e reúne 64 lojas do setor de arquitetura e decoração da região, o evento, este ano, contará com a participação de mais de 50 profissionais renomados, responsáveis por 47 ambientes. Nessa edição, a Polo Design Show irá mostrar, em um mesmo espaço, soluções, novidades e as principais tendências para ambientes residenciais e corporativos de luxo. Além das instalações existentes em uma residência, como Home Theater, Cozinha e Terraço Gourmet, Adega, Sala de Jogos e SPA, a mostra terá cinco espaços de trabalho, um dos destaques é o Lounge do Presidente Lula.

O evento contará também com áreas de lazer para os visitantes, como o Restaurante Guto Moretti, a doceria São Brigadeiro, o Café Gaetano, além da Brinquedoteca, que servirá para o entretenimento das crianças de 5 a 10 anos que estiverem acompanhando os adultos durante a visita à exposição.

A última semana da mostra será reservada para o Polo Sale, para que visitantes possam comprar as peças expostas nos ambientes com até 70% de desconto. Com o patrocínio da construtora Sammarone e da Sleep Solutions e colaboração da Prefeitura de São Bernardo do Campo, o evento estará aberto para o público de terça a domingo, das 12 às 20 horas.

O ingresso de sexta-feira a domingo e feriados, custará R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (estudantes e idosos); de terça a quinta-feira (exceto feriados) o ingresso custará R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (estudantes e idosos).

POLO DESIGN SHOW 2012 – 3ª MOSTRA DE DESIGN DE INTERIORES
Data: 18 de setembro a 21 de outubro
Horário: das 12h às 20h
Local: Pavilhão Vera Cruz
Endereço: Av. Lucas Nogueira Garcês, 856 – São Bernardo do Campo

6 de agosto de 2012

Uma Noite no Chateau Marmont- Blog e-Urbanidade

Uma Noite no Chateau Marmont
Sempre fui animado a ler chick lits, mesmo assim poucos ainda surpreendem. Li O Diabo Veste Prada antes de ser sucesso no cinema e achei razoável. O mais interessante era a possibilidade de nos aproximar do mundo do editorial da moda. Uma amiga ao me presentear com Uma Noite no Chateau Marmont, acho que o quarto romance da autora após o primeiro sucesso, ela disse: “Achei sua cara, pois adorei o Diabo Veste Prada.”  Perguntei se ela havia gostado do livro ou do filme, ela respondeu o último. Sim, não tinha dúvida, é um dos raros acontecimentos que a obra escrita é pior que a versão cinematográfica. Também estrelado por Meryl Streep e Anne Hathaway...

O que acho mais interessante em algumas autoras é capacidade de escrever um romance de quatrocentas e tantas páginas sem histórias paralelas, só focado no plot e no argumento principal. Em Uma Noitea história nos envolve imediatamente, afinal quem não tem interesse de conhecer o glamour do mundo do showbusiness.  Lauren também é enxuta ao escrever contando com a colaboração da tradutora, assim a leitura é rápida e prazerosa.

Brooke trabalha em dois lugares diferentes como nutricionistas para manter a casa e o marido, Julian, um artista duro e com grande talento. Claro, que no início, grande parte das pessoas o acha, na verdade, um encostado. Até tudo mudar: ele grava um disco e fica entre os quatro mais vendido na lista do Billboard. Pronto, tudo muda. O sucesso passa a dividir momentos com intrigas, paparazzo, capas de revistas, mentiras, etc etc

O que é mais interessante nas narrativas da Lauren é que suas personagens são independentes e inteligentes, perfil que me irrita em alguns chick lits. Obviamente rola aquela história cheia de clichês, por exemplo, quando o marido sugere que ela saia do emprego, já que ele agora é um popstar: - E a minha carreira? – pergunta heroína. Chatinho!

Sinceramente gostei do livro. Eu tive o desprazer de ler a segura obra de Lauren, após o sucesso de Diabo  e detestei. Porém, parece que ela acertou a mão, nos desvendando um mundo curioso e, principalmente, por nos levar, com sua personagem principal, pelo red carpet do Grammy. Sem dúvida, é o melhor momento. 

Compre, mas sem muitas expectativas. Pode ser bom!