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27 de setembro de 2011

Os avós em nossas vidas - Crônica - Blog e-Urbanidade

Assisti dias atrás um programa que já vi, zapeando e curti mais ou menos. Mas, dessa vez não teve jeito. Vi, dei risada e me emocionei muito. Quebra-cabeça é apresentado por Cris Nicolas no canal GNT e o tema era a relação entre netos e avós.

O episódio mostrou a relação de um garoto e uma garota com seus avós, tão próxima e emocionante que as opiniões da psicóloga eram o que menos importava. Imediatamente fui levado para infância e a se lembrar dos meus avós. Os meus não brincavam ou jogavam futebol comigo, mas nem só por isso deixaram de ser tão presentes.

Fui criado numa grande família com suas qualidades e problemas. Assim, todos domingos, feriados e aniversários estávamos juntos, sentados à mesma mesa, falando de tudo e de todos. Sim, disso tenho saudade. De estar ali, sentado e se sentir inserido. O problema, sempre, é quando imediatamente não nos sentimos mais inseridos, mas isso é outro assunto e não é o tema deste post.

Então, meus avós estavam lá. Acho que herdei da avó a gargalhada e um certo humor irônico para tudo. Aquela simpatia e jeito sempre feliz eram suas marcas registradas. Poucas vezes não a vi fazendo piada de qualquer coisa, até mesmo na tristeza. Vovô já era sisudo, estava sempre atrás para ver com que brincávamos. Se estávamos bagunçando alguma coisa. Achávamos insuportável, mas talvez era a forma de nos mostrar que estava sempre ali, presente.

Também teve a avó paterna que morava distante, mas era extremamente tranquila e vivia sempre cantarolando algum cântico da igreja. Inesquecíveis são os dias, quando ainda criança, que dormíamos na mesma cama em Vitória da Conquista. Eu e ela fomos cúmplices de uma satisfação mútua naqueles dias, mesmo que, até hoje, eu tenha um sono agitado.

Não sei quantos de vocês tiveram avós presentes, mas quando olho pra trás não deixo de me lembrar daquela poesia de Fernando Pessoa que diz, “eu era feliz e ninguém estava morto” e completa: “e a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer”. Momentos que não voltam mais. E não estou reclamando, acho que aproveitei sim. 

Os avós não estragam netos, certo? É melhor pensar assim, pois é depois que criam os filhos que percebem que podiam ser menos duros aqui e ali. Também são eles que entendem que um doce aqui ou outro acolá pode ser. E são as gargalhadas deles, os puxões de orelha, o sorvete escondido, o cheiro de bolo de fubá recém assado, o presente inesperado de Natal – mesmo que fosse igual para todos os outros primos -, a macarronada de domingo, os olhos nos olhos que nos fizeram hoje melhores e, quem sabe, até em sermos capazes de entender esse negócio que chamam de amor. Talvez nos ajudando a ser  melhores amantes, no sentido puro da palavra, ou seja, em ser capazes de amar.

Obrigado aos meus avós que não estão mais aqui e uma homenagem especial para eles: Ione, Olavo e Eunice!

25 de setembro de 2011

Elvis & Madona - o filme - Blog e-Urbanidade

Fime Elvis & Madona
Eles se apaixonam, certo? E lá pelas tantas, ela fica grávida dele, afinal transaram sem camisinha, obviamente. Uma trama para lá de simples, mas continue lendo: imagine se ele for travesti e ela, lésbica? Então, esse casal insólito é o fio condutor do filme do diretor estreante em longa-metragem, Marcelo Laffite.

No elenco Igor Cotrim (Sim! Aquele do programa chatíssimo A Fazenda) e Simone Spoladore. E no filme ótimas participações, como Maitê Proença - que tem uma das melhores e engraçadas cenas da película - e José Wilker - que apenas dá um tiro e saí de cena, mas é um daqueles tiros que resolve a história, sabe?!

ELVIS & MADONA conta a história de Madona, uma travesti que ganha a vida como cabeleireira num salão em Copacabana. Depois de anos de luta para realizar um grande show em homenagem ao Teatro Rebolado, Madona tem o seu dinheiro roubado pelo amante João Tripé, marginal que atua como traficante nos morros da cidade.

Enquanto pensa numa estratégia para conseguir resgatar a quantia roubada, Madona conhece Elvis, entregadora de pizza, cujo sonho é tornar-se uma fotógrafa de jornal. Com a convivência estreitada no dia a dia e pelos submundos de Copacabana, Elvis e Madona se apaixonam, apesar de todos os obstáculos impostos por João Tripé.

O roteiro é bem escrito e divertido. A direção sensível e certeira. Simone está perfeita, consegue construir um personagem bem verossímil. Igor também convence, mas não em todos momentos, é um pouco mais irregular. Mas, é merecido todos os prêmios que levou por ai, em vários festivais.

Outro ponto de destaque do filme, além das excelentes participações e os atores que encabeçam o elenco, são as músicas que dão clima e deixam tudo mais divertido. Em alguns momentos a gargalhada rola solta mesmo e mesmo assim, o filme não é raso e deixa de se aprofundar nos conflitos.

Elvis & Madona não é desses filmes que terá grande distribuição e como diz Xexéo, não haverá um milhão de espectadores, mas bem que poderia ter, afinal não é um filme medíocre. Por isso, se vir ai na programação da sua cidade, vá na hora. Além de uma comédia deliciosa, é cheia de bons momentos, tem excelente elenco e pode nos ajudar a ver o mundo de forma diferente e sem preconceito. Tudo isso, sem que o diretor e roteiro pesem a mão e a gente fique com aquela sensação de que está assistindo um tratado “cabeça” e chato. Por isso, meu emoticon aí embaixo é: vá agora!

Elvis & Madona [Brasil, 2011], de Marcelo Laffitte (Pipa Distribuidora). Gênero: Comédia romântica. Elenco: Simone Spoladore, Igor Cotrim, Sérgio Bezerra. Part.Especial: Maitê Proença, José Wilker. Duração: 105 min. Classificação: 14 anos.


Minha Opinião :D


18 de setembro de 2011

Uma Manhã Gloriosa - Blog e-Urbanidade


Filme Uma Manhã Gloriosa
Após perguntarmos para alguém a sua opinião sobre algum filme, você já deve ter ouvido aquela expressão: “É bem sessão da tarde”. OK, imediatamente você entende que não é uma grande história e se não tem nada para fazer, pode ser a sua antepenúltima opção. Muito bem, é assim que defino o  livro Uma Manhã Gloriosa de Diana Peterfreund baseado no roteiro do filme de Aline Brosh McKenna.

Tudo bem que eu deveria ter percebido que o negócio não era bom, tendo em vista que o livro fora criado exatamente após o roteiro do filme, e levar compradores incautos – como eu – a gastar sua grana. Tudo a partir da chamativa capa com Diane Keaton e Harrison Ford. Ah, também devo dizer que até li umas críticas positivas por aí.

O livro conta a história de uma executiva de tevê que acorda muito cedo e dirige um dos programas mais falidos da tevê norte-americana. Lá pelas tantas ela fica desempregada e lhe aparece uma única oportunidade em NY – coitadinha! - e numa emissora em que o dono só quer fazer sua derradeira tentativa para colocar algum programa mais lucrativo no ar.

Você é capaz de ler o livro rapidamente. E olha que não ando aquele leitor contumaz e que lê muito.  Mas, consegui fazer toda a leitura em menos de dez dias. Não que a história seja construída cheia de ganchos, te deixando ansioso pela próxima parte. Muito pelo contrário,  é tão simples e o único gancho que encontrei foi: será que ficará melhor em seguida?

Mesmo partindo de uma relação inversa, ou seja, normalmente criam-se filmes a partir de livros, nada empolga muito. Não sei se posso dizer que há clichês demais, mas ando com uma certa impaciência com esses livros de “heroínas” (que os chick lit insistem em repetir) descabeçadas e abobalhadas e são salvas pelos acontecimentos e não por suas próprias escolhas. 

Continuo achando que essas narrativas muitas vezes são desenvolvidas por autores incapazes de criar protagonistas fortes e que mesmo que sejam engraçadas e com características de antiheróis, elas (ou eles) precisam ser capazes de resolver seus problemas e não apenas serem reféns de acontecimentos do destino. Por isso, não gosto mesmo da série de livros  O Diário de Bridget Jones, mas gosto muito de O Diabo Veste Prada. Ah, também Marian Keyes, penso eu, só consegue criar heroínas realmente bem construídas a partir de Férias!. Até antes dona Keyes bebe da fonte dessas protagonistas chatinhas e perdidas. E que infelizmente muita gente repete e repete e repete em vários lançamentos.

Voltando ao assunto... Nem sei mais se quero assistir a versão do cinema de Uma Manhão Gloriosa. (Aliás, deve-se dizer, que o filme também passou rapidamente por aqui.) Mesmo que pareça muito interessante ver na capa tantas estrelas do cinema internacional e gostar deles, não compre o livro. Guarde sua grana e prefira até assistir a sessão da tarde. Seu rico dinheiro será melhor aplicado. 

Minha opinião: ¬¬

12 de setembro de 2011

Conversando com Mamãe - Blog e-Urbanidade

Peça Conversando com Mamãe
Eu defendo uma ideia sobre o papel das artes em nossa vida e espero que concordem comigo. Sua função é de nos fazer conectar com sentimentos variados dentro da gente, de diferentes formas, visual, olfativa, auditiva e o tátil. Muitas vezes, algumas delas nos aproximam de tudo isso, outras nos levam para dentro de algumas áreas desconhecidas. Por isso, já possa ter dito para vocês que assisti um dos espetáculos mais emocionante da minha vida, mas o que assisti neste domingo, Conversando com Mamãe, é simplesmente fantástico. Emocionante!

No palco do Teatro Folha, no shopping Higienópolis, estão Beatriz Segal e Herson Capri, sob direção de Rosana Garcia, a nossa eterna Narizinho. Depois de sucesso no Rio de Janeiro, chegam em São Paulo e é de fazer rir e chorar, em menos de uma hora e quinze de espetáculo.

O texto é um traduzido do portenho Santiago Carlos Oves, com versão teatral do catalão Jordi Galceram e tradução brasileira de Pedro Freire.  Conta a história da relação entre mãe e filho, ela com 82 anos e ele, 50. Ele perdera o emprego e precisa vender o apartamento em que mora a mãe e ela acaba de arrumar um namorado, de 69 anos. Portanto, temos os conflitos necessários para dar boas risadas e se emocionar com essa senhora que nos ensina que a velhice realmente nos dá tudo, inclusive a sabedoria.

A montagem é simples e traz um cenário também dentro desse contexto que pontua a singeleza de todo o espetáculo que está centrado no texto e nas intepretações dos atores e da fantástica performance de Beatriz. Prepare-se, é de chorar e de sorrir, como já falei acima.

Algumas falas são realmente impactante, como essa: “Ser velho é uma vantagem que chega um pouco tarde; a única maneira de aproveitar essa vantagem é não guardar para sim, e sim compartilhar”. “Trabalhe, pois qualquer trabalho dá uma certa dignidade a qualquer homem (fala modificada)”.

As lágrimas muitas vezes chegaram e não pude contê-las. Por exemplo, na despida da mãe, no fim do primeiro ato, ela diz para o filho: “você sempre foi um bom filho”. E a que fecha o espetáculo, quando Beatriz senta sobre a mesa e diz para o filho brincar, pois ela vai ver lá de cima. É de arrepiar.

O espetáculo fica até dezembro aqui no Teatro Folha e deve ser visto, por todos. É uma montagem que nos faz pensar sobre a nossa existências, nossas escolhas e incapacidade de deixarmos de lado nossos objetivos e sonhos por causa da aparência. E nenhuma dessas questões são piegas ou apresentadas de forma rasa. Muito pelo contrário, vemos no palco um mergulho sobre esse sentimento, mesmo que muitas vezes o autor use do jogos de palavras para fugir, quando preciso, do centro da questão.

Vamos lá. A casa anda cheia e é preciso se programar, mas não deixe de ver, Beatriz Segal e Herson Capri nesse espetáculo tocante. 

Minha opinião: :D

Serviço
Conversando com Mamãe
Teatro Folha - Shopping Higienópolis
Bilheteria: de terça a quinta, das 15h às 21h. Sexta das 13h às 24h. Sábado, das 12h às 24h.
Domingo das 12h às 20h.
Horários do espetáculo: Sextas às 21h30. Sábado às 20h e 22h. Domingo às 19h30.
Ingressos: Sexta R$ 50 e R$ 60. Sábado e Domingo R$ 60 e R$ 70.
Temporada: De 02 de setembro até 18 de dezembro.
Ficha Técnica
Autor: Santiago Carlos Oves

Versão Teatral: Jordi Galceran

Tradução: Pedro Freire

Direção: Susana Garcia
Elenco: Beatriz Segall e Herson Capri

Figurino: Kalma Murtinho

Cenário: Marcos Flaksman

Iluminação: Paulo César Medeiros

Trilha Sonora Original: Alexandre Elias

8 de setembro de 2011

Novela Fina Estampa - Blog e-Urbanidade

A cena!

Tudo bem, eu gosto de novela mesmo e vira e mexe eu vou falar sobre elas aqui. Certo?! Nem só de livros vive um escritor, aliás considero também as novelas brasileiras como um tipo de literatura.... Bom, isso é um outro assunto e um vespeiro que não tenho capacidade de discutir. Mas é preciso um post especial o capitulo de Fina Estampa do dia 07 de setembro.

Comecemos do início, preciso dizer que acompanho Fina Estampa há pelo menos uns dois anos, quando ainda se chamava Marido de Aluguel e a protagonista provavelmente seria Glória Pires. É que em 2009, o autor Aguinaldo Silva abriu uma oficina para autores de novela e fez uma seleção enorme. Eu fiquei entre os cem primeiros colocados, mas na seleção final, que seriam selecionados os vinte últimos, fiquei de fora. Mesmo assim, acompanhei toda a oficina, que foi o ponto de partida para a sinopse, e todo o desenrolar.

Aguinaldo Silva é um autor popular, mesmo. Basta dizer sobre alguns sucessos seu, como Roque Santeiro e mais recentes, Duas Caras e Senhora do Destino. Todas com audiência acima da média. Mas, sinceramente pensei que o páreo seria duro, ainda mais que entrou em primeiro lugar Insensato Coração que tinha Gilberto Braga a frente. Porém, foi uma decepção só. Assim, preferi não ir fazendo elogios a nova empreitada da Globo, antes que realmente visse as coisas acontecerem.

Reconheço que fiquei bem impressionado com o primeiro capítulo, que todos que escrevem novela profissionalmente e em todos os cursos de teledramaturgia que faço, é o tendão de aquiles de uma nova  produção. Ou seja, apresentar a história, já apontar para o casal e a história de amor principal e fazer com que o público se interesse. E olha, Aguinaldo conseguiu fazer com maestria. Começou uma discussão na internet de que parecia novela das sete que achei sem sentido.

Os capítulos vêm vindo, e ontem, sete de setembro, quando ia acontecer o jantar de noivado de Antenor (Caio Castro) com a filha de Thereza Cristina (Cristiane Torloni), as cenas foram simplesmente eletrizantes e emocionantes. Foi mesmo de arrepiar o brinde com que Griselda (Lilia Cabral) oferece, dizendo que na verdade o rapaz é filho dela.  E a surra que acontece em seguida? Arrepiei e chorei junto.

Aguinaldo promete muitas novidades, aliás no seu blog já disse que terá uma novela a cada trinta capítulos, será “uma novela tanquinho”, ou seja, sem barriga. Torço muito para que isso aconteça e fico feliz que tenhamos realmente uma história eletrizante, emocionante e muito boa na tevê brasileira.

Para terminar, preciso dar parabéns a toda a equipe de Fina Estampa, desde o talentoso Aguinaldo Silva, o diretor Wolf Maia, toda a galera envolvida e, principalmente, os atores. Todos, desde Lilia Cabral a Marcelo Serrado (pela sua curta participação no capítulo de ontem) estavam ótimos. Um grande momento da tevê brasileira. 

5 de setembro de 2011

Filme Um Conto Chinês - Blog e-Urbanidade

Filme Um Conto Chinês
O que nos une, universalmente? A perda, o sofrimento e um pouco de acaso! A partir dessas premissas é construído o novo filme argentino que chega ao Brasil, Um Conto Chinês, do diretor Sebastián Borensztein, que fez lá em terras portenhas mais de um milhão de expectadores.

A história por si só é uma delícia. Inusitadamente, lá na China, um rapaz vai pedir a mão da noiva em casamento quando morre, ali mesmo no lago, por uma vaca que cai do céu. Com corte direto, entramos na vida de Roberto, interpretado maravilhosamente por Ricardo Darín, um comerciante cheio de manias, rotinas, sem espaço para qualquer inovação.

E é exatamente o acaso que leva com que o chinês Jun (Ignácio Huang), o da vaca voadora, se encontre com Ricardo. Após Jun sofrer um assalto em Buenos Aires,  o comerciante resolve levar, muito a contragosto, o rapaz para passar alguns dias em sua casa, enquanto encontra sua família. Temos o início e uma série de cenas muito engraças, principalmente pelas atitudes ranzinzas do protagonista.

Vários são os pontos positivos do filme e que faz dele mais uma das excelentes películas portenhas que chegam aqui. Primeiro, o roteiro. Enxuto e simples, centrado nas atitudes de Roberto, nos emociona quando se deve e nos provoca muitas gargalhadas quando quer. Talvez o ponto alto mesmo, seja ter focado toda a história no universo único e ranzinza de Roberto.

A direção de Borensztein também é eficiente, mesmo sendo um pouco recente sua entrada no cinema. E consegue, como ninguém, construir uma história simples e fantástica. Aliás, a cena de abertura, com a tela virada é show, já que o prólogo (da vaca voadora) acontece lá na China. E mais ou menos isso que vai fazer Jun na vida do protagonista, virá-la de cabeça para baixo.

Agora, vamos a quem merece mesmo todos os elogios. Os três atores que levam a história: Ricardo Darín, Ignácio Huang e Muriel Santa Ana. Claro, que outros personagens aparecem aqui e ali, mas a história é construída sobre eles. E Darín dá um show de interpretação, como sempre, como já vimos em outros filmes e principalmente no maravilhoso O segredo dos seus Olhos.

Fique de olho na cena em que Jun recebe a ligação do seu tio. Mesmo a gente não entendendo uma palavra, é emocionante. E também veja que maravilhosa a cena em que Ricardo se emociona diante da declaração da sua vizinha. Sem nenhuma lágrima, sua emoção nos faz ficar mudos, segundos depois de dar uma risada.

É necessário assistir sim. Além de ser uma história emocionante, o final feliz nos mostra que a gente deve seguir em frente, tomando cuidado com as coisas que nos endurece e das lembranças que podem muitas vezes nos atrapalhar a seguir em frente


Un Cuento Chino
Argentina , 2011 - 93 minutos
Comédia
Direção:
Sebastián Borensztein
Roteiro:
Sebastián Borensztein
Elenco:
Ricardo Darín, Muriel Santa Ana, Javier Pinto, Ignacio Huang
Minha opinião : D

4 de setembro de 2011

Livro Feliz Por Nada - Blog e-Urbanidade


Livro Feliz por Nada
Finalmente terminei o livro Feliz por Nada de Martha Medeiros. Não que seja ruim, mas ando lendo pouco. Terminando de revisar meu livro e trabalhando muito aqui em São Paulo. Sendo assim, o livro entrou como uma luva, pois são compostos por crônicas, fui lendo duas ou três por dia.  Perfeito. Adorei e acabei.

Eu conheci a autora antes de ser uma pop start da literatura brasileira. Lembro-me da minha terapeuta sugerir O Divã. Nem tinha virado peça e muito menos seriado de tevê, adorei a forma que Martha escreve e a forma singela de contar sobre a vida de todos nós, principalmente quando sentamos no divã.

Martha Medeiros é coloquial e sincera, principalmente porque Feliz por Nada trata-se de uma coletânea de crônicas publicadas no Jornal Zero Hora. Por isso, os assuntos são variados e os mais diversos do mundo. Desde velhice e decoração até amor e separação. Alguns são muito comoventes, principalmente os que fecham o livro: O amor, um anseio.

Você pode encontrar uma análise de escritora quanto a frase de Carl Jung de que “o amor da mulher não é um sentimento – isso ocorre no homem – mas um anseio de vida, que às vezes é assustadoramente não sentimental e pode até forçar seu autossacrifício”. Também existem algumas dicas de decoração, como por exemplo, sempre temos que ter coisas que nos fazem lembrar de viagens e histórias em casa... nada de uma residência hermética e sem história.

As minhas preferidas são a que leva o nome do livro Feliz por Nada, A fé de uns e de outros, Beijo em pé... Aliás, essa última crônica é uma das mais simpáticas que já li. Desculpe, mas dá pra definir assim: fofo!

Feliz por Nada é pra ser lido, como eu fiz, uma ou duas crônicas por dia, sem pressa. Perfeito para quem não curte longas histórias ou prefere ir intercalando com outro livro. Vale a pena e um dos bons lançamentos de 2011.