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30 de dezembro de 2010

Do Começo ao Fim - Blog e-Urbanidade

Do Começo ao Fim de Aluizio Abranches é um destes filmes que nos deixa impactado. Se você é daqueles que defende que as artes têm como função, antes de tudo, nos oferecer novas sensações e conflitos, essa é uma história que precisa assistir imediatamente, se ainda não a viu.

Não é um lançamento, aliás causou polêmica antes mesmo de ir aos cinemas, graças ao trailer apresentados no YouTube. Eu mesmo postei aqui. Assim como os filmes que andei comentando nessa e na semana passada, também não sei porquê na época não consegui ver. E agora, aqui no meu iPad, enquanto esperava o voo para as minhas férias, assisti Do Começo ao Fim.

Vamos lá, com calma. O filme tem vários pontos positivos: fotografia impecável, uma limpeza rara no cinema nacional; depois, o que nos aproxima de tal narrativa contundentr é a trilha sonora. É extremamente comovente.

A narrativa é perturbadora, ou seja, dois meio-irmãos que são extremamente próximos e tal proximidade causa uma certa estranheza ao pai do mais velho e da mãe dos dois. Mesmo que não seja um incômodo que os leva a distanciá-los, após a morte deles é que sao abertas as comportas desse amor-tabu.

Numa cena comovente, quando ainda estamos chorando pela morte da mãe dos dois, eles engrenam e dai você fica mudo e calado. Impactado! Não dá para falar nada, aliás nem eles são capazes de expressar de forma realista o que sentem. O que é interessante que tanto a mãe como o pai do filho mais novo, interpretado por Fábio Assunção, abrem as portas, e os ouvidos, para quando quiserem falar. Eles não sao capazes de dizer nada. E muito menos nós que estamos de cá.

A mensagem do diretor é certa e por isso o filme seja tão bacana: amor não se explica, não dá para dizer isso ou aquilo. E quando os créditos aparecem fica-se mudo, sem capacidade de dizer nada. Abranches não tem meia palavras para deixar sua mensagem.

Meus leitores, portanto, não serei eu que direi algo. Experimente-se, essa é a função das artes, como disse no início. Se não viu, vá atrás e se jogue nesse mar de sensações desafiadoras.

E antes de concluir, é difícil dizer quem não dá um show de interpretação, desde as crianças a Louise Cardoso. Mas, destaco Júlia Lemertez, que tem uma capacidade impressionante para tais tipos de personagens, e Assunção que está na medida.

Bom filme!

28 de dezembro de 2010

Meme de final de ano - Blog e-Urbanidade


Estou mesmo sumido do Meme Semanal. Mas, o fim de ano não foi fácil e andei lendo pouco, tendo em vista que o volume da galera aqui é de dois a três livros por semana. Mal consegui um neste período, apesar de ler sempre. Então, mesmo que os meus níveis não estejam na proporção da galera, tomei vergonha na cara e estou aqui!

Texto explicativo: Meme semanal hospedado pelo Lost in Chick Lit, onde compartilhamos pequenas informações sobre a nossa semana literária. Tendo como principal objetivo encorajar a interação entre os blogs literários brasileiros, fazer amizades e conhecer um pouquinho mais sobre outras pessoas apaixonada por literatura. Tem interesse em participar? Saiba como aqui!
Não deixe de ler as outras postagens da coluna. Clique aqui

Leitura do momento:
Me (Eu) - Rick Martim
A Pílula do Amor de Drica Pinotti

Li essa semana:
Leitre Derramado
de Chico Buarque - mas, desisti. Culpa do Gato Sabido. Comprei o elivro e fui transferir para o IPad e não foi. Então, parei mesmo. Revoltado de não poder copiar para meu novo leitor.
Resenhei essa semana:
Apenas filmes, dois brasileiros: Lula, o Filho do Brasil e Proibido Fumar.

Última Compra:
Me. Comprei no Amazon, há muito tempre precisa voltar a ler em inglês.

Desejo Comprar Urgentemente:
O novo livro da Marian Keyes. A crítica tem sido ótima! Mas quero comprar em elivro. Será que a Bertrand vai demorar a disponibilizar.

Conversa imaginária com personagem fictício:
Amanda, sei que você é hipocondríaca, mas achei você meio chatinha nos primeiros capítulos. Mas sigo firme sua história (Pílula do Amor).

Eu falaria para o autor:
Rick adorei sua proposta de expor sua vida e não dos outros. A forma elegante de escrever sem ter que dizer quem fez isso ou aquilo foi impressionantemente charmosa. Parabéns pelo livro! (Me)

Estado de Espirito Literário: tentando correr atrás do tempo perdido. Relendo meu segundo livro que já está na editora, nome quase oficial "O Ateliê". E começando o terceiro, afinal não consigo dormir sem pensar nos meus personagens.

Literary Crush (paixão literária do momento): Meus livros e encontrar elivros bacanas para serem comprados.

Vi e viciei (booktrailers, trailers, videos whatever):
Proibido Fumar. Veja o trailer.
Feliz 2011 para toda a turma do Chick Lit. Adoro demais essa turma animada com suas leituras. Sinto-me revigorado a cada vez que leio os Meme de todos.

26 de dezembro de 2010

Lula - o Filho do Brasil - Blog e-Urbanidade


Lula - o Filho do Brasil
Ontem assisti Lula – O Filho do Brasil. Também não fui ao cinema quando estava passando. E posso garantir que gostei muito do que vi.

A história de Fábio Barreto faz um recorte da relação entre Luis Inácio Lula da Silva, nosso presidente da República até semana que vêm, e sua mãe, interpretada por Glória Pires. Sem entrar em questões políticas, em minha opinião, assistir o filme é uma necessidade de todos brasileiros. É realmente comovente ver que um homem, diante de tantas dificuldades, teimou e chegou lá.

A produção é muito bem feita, destaque para a sonoplastia e as cenas históricas da tevê brasileira quando a família de Lula assiste novela.

O roteiro não é o ponto alto da história, principalmente quando se propões a fazer uma biografia de alguém. Optaram por fazer a apresentação por meio de “mosaicos”, ou seja, breves recortes da história que acaba por não nos pegar emocionalmente. Em minha opinião, a história só emplaca quando começa a história de amor entre Lula e sua primeira esposa, interpretada por Cléo Pires. Mas não chega a nos laçar de vez.

A forma de apresentação não nos deixa nos aproximar do personagem principal, falha que não vemos em alguns filmes que são biográficos. Por isso, talvez, o filme não chegue a uma colocação no Oscar que terá a lista apresentada no final de Janeiro. Até porque também não apareceu na listagem do Globo de Ouro que costuma ser uma prévia do que vêm da Academia americana. Enfim, é um filme bonito, bem executado, mas não chega a ser comovente.

Sobre as interpretações não precisa dizer que Glória Pires está muito bem. Tão bem que chega a incomodar. Se estivéssemos nos EUA, ela levaria o Oscar este ano. Ainda mais quando a vemos em dois papéis tão distintos, como em Proibido Fumar e Lula.

Rui Ricardo Diaz que interpreta Lula dá um show de construção de personagem, principalmente na forma de falar que com o decorrer da história vai mais se assemelhando ao personagem real. Gostei também da interpretação de Juliana Baroni, que vive a atual esposa do presidente, Marisa Letícia. Quanto a Cléo Pires, ainda não gosto muito dela interpretando, me desculpem. Acho que ela está correta, nem mais nem menos.

Se existem falhas no filme, como disse, está na proposta de fazer uma história com muitos recortes e acabar não nos aproximando a história. Mesmo assim, deve ser assistido. É uma bela história! Principalmente pela reconstrução histórica realizada.

E o mais surpreendente são os primeiros créditos do filme ao dizer que foi realizado sem nenhum apoio de verbas públicas. Daí, começa a aparecer um monte de empresas que colocaram seu patrocínio, inclusive a Volkswagem que mostra ser o palco das grandes greves mostradas no filme. Isso pode ser chamado de lobby?

Vale a pena assistir. Faça como eu, não fique sem ver mais esse bom filme de 2010.

25 de dezembro de 2010

Então é Natal - Crônica - Blog e-Urbanidade

É comum sentirmos uma certa melancolia nos dia do Natal. Acho que é assim com todo mundo. Por ser uma festa tipicamente familiar, a reunião anual representa a contagem dos que sobreviveram e das relações que não ficaram tão afetadas com as confusões comuns entre seres humanos no ano que finda.

É estranho passar pela festa que foi marcada na minha infância com a reunião de uma família grande e diminuí-la aos poucos, a parentes e amigos próximos. Não é uma reclamação! Até porquê o grande segredo da vida é viver sem melancolia com as mudanças que ela nos causam, que muitas vezes podem ser marcadas por parentes queridos que já se foram e outros que vão chegando.

Mesmo assim, porém, um pensamento de melancolia me invadiu este ano, ao ver um pai e seus três filhos andando de bicicleta nova no condomínio em que moro. Imediatamente me veio a imagem da minha infância e como dia 25 era especial, data em que experimentávamos nossas bicicletas, brinquedos e o que mais de divertido possa ter nos ocorrido.

Diante da cena familiar, fiquei pensando: onde será que tomamos a rua em que nos distanciamos daquela alegria infantil? Uma resposta é óbvia, crescemos! E isso faz toda a diferença, a ingenuidade e aquele certo frescor de que já transformou em verso, de Fernando Pessoa, de que a alegria era quase uma religião, acaba mesmo com o decorrer dos anos.

Não, não culpo ninguém. Até porquê tenho me distanciado dessa história de certo e errado. Não existe isso, há escolhas. E elas levam por esse ou outro caminho, nada de certo ou errado. E também, chega de culpar os outros, ando cada vez mais adepto de quem faz a sorte da gente, é a gente mesmo.

Voltando ao assunto da família e as bicicletas, fiquei pensando onde foi que nos distanciamos daquelas pessoas que andamos de bicicleta lá trás? E acho, meu caro leitor, que nós adultos, pais ou mais maduros, temos certa responsabilidade em buscarmos a união. Quantas vezes reclamamos do sobrinho que ainda não chegou para a ceia e, quando estamos juntos, sorrimos parecendo que o mundo é perfeito?

Nós adultos temos uma responsabilidade dupla de trazermos a alegria aos nossos filhos e não deixar que os nossos complexos e medos sejam hereditários, afinal isso um dia nos distanciará e ira nos dar este clima de saudade de momentos que parecem não voltar mais. Ter filhos, ou melhor, ser adulto quando crianças convivem com a gente é uma responsabilidade.

Então, Feliz Natal para vocês. E acredito que quando buscamos algo melhor, sem dúvida nasce uma fagulha de um mundo melhor. E olha que sou bem agnóstico...

23 de dezembro de 2010

É Proibido Fumar - Blog e-Urbanidade

O cinema brasileiro tem conseguido realmente nos surpreender diante da genialidade de alguns diretores, saindo do pacotão dos blockbusters, se podemos dizer que eles existem por aqui. Falo isso porque finalmente consegui assistir É Proibido Fumar, não sei o porquê, mas não fui ao cinema e nem acompanhei de perto do Festival de Cinema de Brasília do ano passado.

Filme É Proibido Fumar
com Glória Pires
Posso dizer sem medo que Glória Pires tem sido uma das atrizes brasileiras que vale a pena sempre ver em ação, diante da sua genialidade. E ainda é mais surpreendente quando saí do do estereótipo atriz-bem-sucessida-da-Globo. Além de um sotaque paulista bem estudado e planejado, ela consegue não ser a pessoa de sempre, principalmente fugindo do marcante Se Eu Fosse Você 1 e 2.

Ela faz uma professora de violão entediada com a vida e tem sido movimentada por um simples fato: o sofá de uma tia que acaba de morrer, quem ficará com ele? Diante de tanta mesmice ela é uma fumante inveterada. Tudo parecia chato até que muda para o seu lado um novo vizinho. Daí, uma simpática história de amor, interpretado por Paulo Miklos, aparece.

A moral da história não posso contar, principalmente diante do final tão simpático e original. Porém, mostra o que somos capazes de fazer ou não quando nos sentimos sós. Logo, a grande conclusão da vida é que somos movidos pelas nossas carências e necessidades que vão desde a vida sentimental a familiar.

Vale a pena pegar na locadora e assistir. Filme dos mais interessantes. E parabéns a Glória Pires, Miklos e todo o elenco e a direção Anna Muylaert. Vale lembrar que a atriz levou o prêmio de Melhor Atriz por esse personagem no Festival de Brasília 2009. Merecido! E tem mais, foi o grande vencedor na edição do ano passado. levando mais sete troféus do júri oficial: melhor filme, ator (Paulo Miklos), roteiro, atriz coadjuvante (Dani Nefussi), direção de arte, trilha sonora e montagem. O filme venceu ainda o prêmio da crítica.

É ou não é uma boa pedida para esses dias que você vai ficar em casa e quer fugir do Xou da Xuxa de Natal?

7 de dezembro de 2010

Quem ama protege! - Blog e-Urbanidade

A minha primeira decepção com o mundo dos ebooks a gente nunca esquece. Eu a passei ontem, logo de cara, no meu primeiro dia de Ipad.

A história é simples. Eu comprei no ano passado o ereader da Sony e, finalmente, adquiri no mês passado meu primeiro livro pelo Submarino/Gato Sabido, até então sobrevivia com as versões gratuitas de clássicos disponíveis na internet. Foi uma versão em epub – formato oficial dos ebooks – de Leite Derramado de Chico Buarque.

Ontem quando meu Ipad chegou fui transferir para o novo leitor os livros livres que tinham, o que foi muito fácil, e, em seguida, o Leite Derramado. Porém, nada dava certo e descobri o motivo: o DM.

O DM é uma chave de bloqueio dos ebooks. Funciona assim: você compra o livro e só pode o ler em um leitor. Assim, terei que ficar o resto da vida com o ereader da Sony se assim desejar ter pra sempre o Leite Derramado comigo.

Então, enquanto no livro de papel você pode emprestar, seu amigo pode bater na sua porta e levar seu livro, no mundo virtual isso não pode. Há pouco tempo uma livraria virtual estava querendo lançar a possibilidade de empréstimo ou algo assim, você lê num leitor, apaga do primeiro e pode ler no outro.

Sendo assim, já viajei no que será de nós no futuro. Enquanto o bom dos ebooks é não ter que investir em prateleiras e poeira – e tem muita gente que acha isso muito charmoso – daqui algumas décadas teremos que ter uma prateleira de leitores de ebooks.

Será mais ou menos assim: seu neto pergunta se você tem o Leite Derramado, pois ouviu falar do tal livro na escola. Você lembra que o tem, mas em qual leitor? Então começa a sua rotina de procurá-lo. Claro, que pessoas organizadas terão uma catalogação, tipo Biblioteca. Já imaginou quantos leitores diferentes teremos na biblioteca da escola (sei que agora viajei muito!)

- Ah, sim! Lembrei está naquele primeiro leitor –dirá para seu neto, subirá na escada, tirará a poeira ereader da Sony, de 2010, que estará descarregado e possui tecnologia antiga, afinal daqui algumas décadas olharemos com ar de piada para os primeiros. Em seguida , deverá procurar o carregador, em alguma caixa antiga da casa.

Imagine como nossa vida será fácil?!

Sabemos que estamos apenas no começo da história, mas mesmo assim é um absurdo isso que aconteceu. Tudo bem que não queremos avacalhar como aconteceu com os mp3, até porque sou escritor e gostaria de pagar minhas contas com que escrevo.

Dessa forma, porém, parece que os ebooks se tornaram uma versão piorada dos livros. Pelo menos é o que tudo indica. Você não pode mais emprestar e terá seu livro amarrado ao um leitor. Pena! Espero apenas que isso mude rápido, se não vou preferir comprar mais estantes para colocar os livros em papel mesmo.

1 de dezembro de 2010

O segredo é da Goodyear - Blog e-Urbanidade

Durante alguns meses um mistério ocupou a faixa nobre da nossa tevê: o mistério do Gerson, personagem de Gerson, interpretado por Marcello Antony de Passione.

Lá pelas tantas algumas cenas marcaram o mistério, quando a então esposa dele, Diana, descobre alguma coisa mexendo no computador do rapaz. E várias versões muito divertidas foram colocadas na internet que eu disponibilizei para vocês aqui. Até mesmo nas sessões com o terapeuta Flávio Giokovate andaram tocando no assunto. Teve gente que apostou em cada coisa...

A grande verdade é que o grande mistério tem que ser creditado a Goodyear, ou seja, assim que o personagem pintou na novela, por ser corredor, recebeu o patrocínio da marca de pneus. Quando a história bombou na mídia, a indústria fez um acordo com a Globo, que o tal problema do rapaz fosse alguma coisa que não ferisse a marca. Sílvio de Abreu, o autor, prometeu maneirar.

Sendo assim, e isso parece óbvio, Sílvio teve que mudar a versão. Não é possível que algo tão misterioso e que tenha ocupado tantas e tantas cenas seja apenas o prazer do sexo sujo que parece, além de pueril, muito preconceituoso.

Sabemos todos que os patrocinadores se envolvem sim nas histórias. Uma das mais contundentes foi quando o ator Sérgio Cardoso teve que fazer o protagonista negro da novela A Casa do Pai Tomás sendo pintado de negro diariamente, tudo a pedido da Colgate-Palmolive.

Também é comum os atores diminuírem sua participação em propagandas e comerciais quando são vilões. Historicamente foi apenas Beatriz Segal, na pele da memorável Odete Roitman, que fez um comercial quando estourou seu personagem.

Não sei se temos que reclamar. Afinal, não podemos negar que a teledramaturgia (assim como o jornalismo, cinema, etc e tal) vive (vivem) de merchandising. Portanto, o que é mais terrível na história é o tal termo "sexo sujo". É mais ou menos assim, o problema do rapaz, que fez Diana sair correndo e passar capítulos e capítulos dando visibilidade para Gikovate no horário nobre foi apenas um desejo de fazer sexo, poderíamos dizer, "diferente". O novo debate agora é: a visão do autor foi preconceituosa?

O que sei é que não perco mais tempo assistindo Passione. Anda chaaaaaaaaaata!