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30 de novembro de 2010

A Dieta das Chocólatras - Blog e-Urbanidade

Ufa, terminei! Foi realmente essa a sensação que tive ao concluir o livro A Dieta das Chocólatras, continuação de O Clube das Chocólatras que já falei aqui e teci vários elogios.

A Dieta das Chocólatras
O livro continua contando a história do grupo de quatro amigas, Lucy, Chatan, Nadia e Autumn, que são loucas por chocolate e não conseguem passar um minuto – ou página – sem comer um ou dois chocolates. É difícil imaginar como elas podem manter o peso aparentemente estável.

Enquanto ao final do primeiro volume a heroína, Lucy, acabara de ter o seu amor resolvido com o Paquera, agora tudo volta a zero e se prolonga por longas e longas páginas. Digo que cheguei a irritar-me com a volta dela com o ex, o Marcos, e ter um casamento marcado e quase realizado.

Daí brota o grande problema. Enquanto no primeiro livro a gente se divertia com as bobagens e certa insegurança da moça, agora ela se aproxima muito da burrice. E o pior, ela nunca é capaz de tomar uma decisão, são as pessoas que o fazem por ela.

Fiquei com uma impressão ruim de toda a construção da história e o clima de final feliz, mesmo que até no crime organizado as moças tenham se metido.

Então, minha proposta é a seguinte: fique só com a primeira parte da história, O Clube das Chocólatras. Eu conto em duas linhas o que acontece no segundo para você. Assim, economiza tempo e dinheiro. E não fica achando que Lucy é uma grande idiota.

21 de novembro de 2010

Rick Martim em Oprah - Blog e-Urbanidade

Ando muito televisivo... Depois que a Sky criou esta história da gente gravar o que tem vontade de assistir, sentar para descansar, significa colocar-se em dia com os programas, documentários e seriados. Isso é só uma justificativa para começar e mostrar por que meus livros continuam sendo lidos de forma tão lenta.

Eu preciso, porém comentar sobre a entrevista de Rick Martim na Oprah que assistimos nesta última semana. Acho que nenhum programa pode ser mais interessante de analisarmos, quando vemos cenas de homofobia pelo Brasil e comemoramos no último dia 20, o dia da Consciência Negra.

Rick Martim e Oprah apresentaram uma das coisas mais bonitas de se ver, alguém sendo por inteiro, mesmo que um pouco de felicidade de margarina esteja impregnada em toda a narrativa. Mas os americanos são experts nisso.

Também acho que às vezes faz bem essas narrativas com final feliz na vida da gente. E o mais importante é que Rick, em certo momento, diz que o grande problema em todo processo foi se sentir inferior durante grande parte da vida.

E sentir-se inferior é o problema de toda a pessoa que é alvo de preconceito: homossexuais, negros, soropositivos e por ai vai. Não dá para viver por inteiro quando nos sentimos assim, menores do que os outros. E isso leva a todos a um fim trágico ou uma vida complicada, falsa e vazia.

Não quero culpar ninguém, mas me incomoda como nós, brasileiros, fomos mesmo invadidos pela a cultura européia. Quando olhamos para nossa religiosidade e como fomos influenciados pela cultura africana é um absurdo que tenhamos demonizado de forma tão horrível os padrões religiosos da umbanda, por exemplo.

Não sou defensor desta ou daquela religião, pois já me coloquei aqui, mesmo tendo uma origem fortemente protestante, hoje me sinto muito seguro como agnóstico. Tentei até ser ateu, mas ainda me pego pedindo a alguma força superior para me ajudar quando me sinto nervoso numa decisão a ser tomada. Freud explica!

Ainda gosto de fazer algumas meditações ensinadas pela Cabala com os nomes de Deus. Sinto certa reverência quando entro numa igreja católica e vejo ali seus santos. E me emociono quando vejo um cristão cantando com tanta reverência um cântico. Portanto, o agnosticismo parece ser o mais correto para mim, nessa fase da vida.

Ah, também não posso de deixar de respeitar a religiosidade e a disciplina dos amigos umbandistas que me emocionam com seu respeito à natureza e a forma digna de viver sua vida espiritual.

Sei que divaguei muito, mas me incomoda que está ou aquela religião – e aqui não posso deixar de apontar para o cristianismo – acham que esse ou aquele caminho seja o melhor ou correto. Logo, você é inferior por não estar aqui!

Realmente concordo com Rick Martin, deixar de sentir-se inferior passa pela espiritualidade. Pelo menos é um caminho! Por isso, se você se sente, de alguma forma, menor por causa da sua sexualidade, cor ou seja lá o que for, corte esse raciocínio.

É engraçado perceber que o cantor latino quando resolveu dizer em público sobre sua sexualidade não se sentiu tenso e sim livre. Isso é a pura verdade, quando deixamos de nos sentir menor, há um alívio. Impressionante. Mesmo que o mundo lá fora ou aqui dentro possa mostrar o contrário.
E eu não tenho nenhuma dúvida sobre isso!

19 de novembro de 2010

Gastronomia Espanhola em Brasília - Blog e-Urbanidade

Entre os dias 22 a 26 de novembro acontecerá no Instituto Cervantes de Brasília a 1ª Semana da Gastronomia Espanhola de Brasília, organizada pelo Cervantes, em parceria com a faculdade IESB. O objetivo é difundir a diversidade da cultura culinária da Espanha através de suas regiões.

Achei interessante a ideia em que cada dia da semana será dedicado a uma de suas regiões gastronômicas: zona dos assados (ao centro da península), zona dos molhos (que compreende a zona Alta de Castilha e León até o Cantábrico, Astúrias e toda Galícia), zona dos fritos (Estremadura, Andaluzia e a parte baixa de La Mancha), a tradicional zona dos arrozes (que compreende as províncias de Múrcia, Valência e Ilhas Baleares) e finalmente a zona dos pescados (que se estende pelo País Basco e Catalunha).

Além das aulas demonstrativas, será realizada uma aula teórica para contextualizar a região, os ingredientes e suas variedades. Ao término do curso, os alunos poderão degustar os pratos.

A 1ª Semana da Gastronomia Espanhola de Brasília acontecerá no Instituto Cervantes entre 22 a 26 de novembro de 2010 sempre a partir das 19h. Os interessados devem inscrever-se na Secretaria do Instituto Cervantes até o dia 19/11 mediante o pagamento de uma taxa de inscrição de R$ 30,00 (Trinta reais) por aula.

15 de novembro de 2010

Sob o Sol da Toscana - Blog e-Urbanidade

Eu não tinha ainda assistido Sob o Sol da Toscana. Lembro há tempos que todos falavam bem do filme e não sei porquê, não assisti.

Sob Sol da Toscana com
Diane Lane
Ontem, aproveitando o domingo delicioso antes do feriado, assisti na tevê a cabo.

Realmente não é um filme que nos arrebata, mas está ai o seu grande ponto positivo, nos faz pensar muito sobre a vida. Algo que percebi, por exemplo, no também calmo e atual Comer, Rezar e Amar.

Talvez você já tenha visto, por isso não vou falar propriamente da história, mas daquela fala da amiga misteriosa que procurava joaninhas pelo jardim, até que um dia dormiu no gramado e acordou cheia dos bichinhos.

Morar da história: esperar e deixar que as coisas aconteçam no tempo certo! Bonito isso, não? Mas difícil de se viver na vida prática.

Aliás, o grande mérito do filme é a bela construção do personagem feita pela atriz Daiane Lane. Não temos dúvida que ela está em crise e seu sorriso sempre amarelo, nos mostra como sofremos quando perdemos um amor, ou melhor, quando a vida resolve nos dar um tranco, fazendo-nos ter certeza que a inércia existe também no dia-a-dia.

São as fases difíceis, que chorar nem sempre resolve. E mesmo com otimismo é difícil seguir. Mas chega um momento que todas as coisas acontecem e a gente olha para trás com ar de que realmente temos que dormir no jardim para pegar as joaninhas. Arrumar a casa. Derrubar paredes, aparar gramas, pintar paredes e por aí vai, sempre é necessário.

Uma bela reflexão e acredito que Sob o Sol da Toscana deva ser assistido por todos, de vez em quando. Assim, como faço com alguns outros filmes.

Seguir em frente. Eis nossa missão quando a vida tem que andar pra frente, após uma feroz freada.

14 de novembro de 2010

Prêmio Jabuti 2010 - Blog e-Urbanidade

Na semana passada coloquei a lista final do prêmio Jabuti e com um título curto, mas cheio de duplo sentido: o Jabuti é pop. Não participei e não mandei meu livro para o concurso, até porque ao enviar para o Prêmio de Literatura de São Paulo, no início do ano, percebi que só passa para a segunda fase quem tem uma “certa” expressão no meio.

Não vou fingir que fiquei com uma sensação de quem ninguém pegou meu livro no Literatura de São Paulo. O negócio funciona assim, são duas etapas. Na primeira, uma comissão analisa e cria uma lista que passa a ser avaliada com mais cuidado. Tudo bem que não esperava ganhar, afinal só de passar para a primeira fase já seria uma festança.

Quando abri a lista não vi pessoas desconhecidas e apenas autores de grandes editoras. Nenhuma produção independente ou coisa do gênero. Calei-me, era o melhor a fazer, pois se fala alguma coisa nessas horas parece que você está com o orgulho ferido.

Ao ver a lista dos ganhadores do Jabuti fiquei com a mesma sensação. Exatamente o que disse o editor José Mário Pereira, da editora Topbooks para a Folha de São Paulo: “Antes os escritores eram prestigiados pelos prêmios, agora são os prêmios que precisam dos escritores para ter prestígio”.

Não tenho muita dúvida – e nem li ainda - da qualidade do livro de Chico Buarque, mas a lista é pop demais. Fiquei quieto, afinal não tenho nada a ver com isso, mas quando li a matéria longuíssima no caderno Ilustríssima da Folha de São Paulo, deste domingo, dia 14 de novembro, descobri que não penso sozinho nisso.

A matéria discute o caso e coloca em cena a palavra do presidente do Grupo Record, Sérgio Machado, ao afirmar que no ano que vêm não entra. Tudo porque achou estranhíssimo Edney Silvestre ter o seu livro em primeiro lugar e darem o prêmio para o segundo colocado, Leite Derramado.

Estranhíssimo, não! Ainda mais quando percebemos que os concursos literários do Jabuti, Portugal Telecom e de São Paulo tiveram os mesmos ganhadores. Está vendo como não tenho dúvida que não leem tudo que vai. Já vão direto nos nomes expressivos, nas editoras conhecidas ou outras escolhas...

Para terminar, copio a fala de Sérgio Machado em sua entrevista a Folha. Acho que não preciso dizer mais nada!

"A concepção de prêmio favorece essa característica de celebridade. Se eu amanhã publicar um livro infantil da Xuxa, é capaz que eu ganhe o infantojuvenil. Esse prêmio, do jeito que está sendo disputado, poderia ser feito na plateia do Faustão. Ou do Sílvio Santos. Porque não tem absolutamente nenhum critério."

7 de novembro de 2010

O Jabuti é pop - Blog e-Urbanidade

Não sei se é obra do marketing, mas acaba de levar o Jabuti de melhor ficção do ano. O Leite Derramado também levou o prêmio do Juri Popular. Nosso amigo jornalista daqui de Brasília, Sérgio Margio, levou o terceiro lugar em Reportagem. Parabéns!

Segue a lista e deem uma olhadinha nos primeiros lugares. Veja se tem algum desconhecido!

ROMANCE1º - "Se eu fechar os olhos" (Record), de Edney Silvestre
2º - "Leite derramado" (Cia das Letras), de Chico Buarque
3º - "Os espiões" (Objetiva), de Luis Fernando Veríssimo

CONTOS E CRÔNICAS1º - "Eu perguntei pro velho se ele queria morrer (e outras histórias de amor)" (7Letrsa), de José Rezende Jr
2º - "A máquina de revelar destinos não cumpridos" (Dimensão), de Vário do Andaraí
3º - "Paulicéia dilacerada" (Funpec), de Mário Chamie
* "Crônicas inéditas" (Cosac Naify), de Manuel Bandeira, vai concorrer na categoria póstuma

POESIA1º - "Passageira em trânsito" (Record), de Marina Colasanti
2º - "Sangradas escrituras" (Star Print), de Reynaldo Jardim Silveira
3º - "Lar" (Cia das Letras), de Armando Freitas Filho

BIOGRAFIA1º - "Nem vem que não tem: vida e veneno de Wilson Simonal" (Globo), de Ricardo Alexandre
2º - "Padre Cícero: poder, fé e guerra no sertão" (Cia das Letras), de Lira Neto
"Euclides da Cunha: uma odisséia nos trópicos" (Ateliê), de Frederic Amory
3º - "Bendito, maldito: uma biografia de Plínio Marcos" (Leya), de Oswaldo Mendes

REPORTAGEM1º - "O leitor apaixonado, prazeres a luz do abajur" (Cia das Letras), deRuy Castro
2º - "Olho por olho: livros secretos da ditadura" (Record), de Lucas Figueiredo
3º - "Conversas de cafetinas" (Arquipélago), de Sérgio Maggio

INFANTIL1º - "Os herdeiros do lobo" (Comboio de corda), de Nilson Cruz
2º - "Carvoeirinhos" (Cia das Letrsa), de Roger Mello
3 º - "A visita dos dez monstrinhos" (Cia das Letras), Angela Lago

JUVENIL1º - "Avó dezanove e o segredo soviético" (Cia das Letras), de Odjaki
2º - "Marginal: à esquerda" (RHJ), de Angela Lago
3º - "Sofia e outros contos" (Saraiva), de Luiz Vilela

CAPA
1º - "O resto é ruído: escutando o século XX" (Cia das Letras)
2º - "Salas e abismos" (Cosac Naify)
3º - "Os espiões" (Objetiva)

TEORIA E CRÍTICA E LITERÁRIA
1º - "A clave do poético" (Cia das Letras), Benedito Nunes
2º - "O controle do imaginário e a afirmação do romance" (Cia das Letras), Luiz Costa Lima
3º - "Cinzas do espólio" (Record), Ivan Junqueira

TRADUÇÃO1º - "O leão e o chacal mergulhador" (Globo), tradução de Mamedi Mustafa Jarouche
2º - "Canção do venrável" (Globo), de Carlos Alberto Fonseca
3º - "Trabalhar cansa" (Cosac Naify), de Maruricio Dias

ARQUITETURA E URBANISMO, FOTOGRAFIA, COMUNICAÇÃO E ARTES1º - "Athos Bulcão" (Fundação Athos Bulcão), de Paulo Humberto Ludovico de Almeida
2º - Coleção "Brasiliana Itaú" (Capivara), de Pedro Corrêa do Lago
3º - "Ética, jornalismo e nova mídia: uma moral provisória" (Jorge Zahar), de Caio Tulio Costa

PROJETO GRÁFICO1º - "Igreja e convento de São Francisco da Bahia" (Versão)
2º - Edição de colecionador de "Alice no país das maravilhas" (Cosac Naify)
3º - "Rico Lins, uma gráfica de fonteira" (Rico Lins)

ILUSTRAÇÃO DE LIVRO INFANTIL OU JUVENIL1º - "Já já: a história de uma árvore apressada" (Ática), Paulo Rea.
2º - "O lobo" (Manati), de Nair Elisabeth da Silva Teixeira
"Marginal : à esquerda" (RHJ), de Angela Lago
3º - "O tamanho da gente" (Autentica), de Manoel Vega
"O passarinho que não queria só cantar" (Salamandra), de Luiz Maia

CIÊNCIAS EXATAS, TECNOLOGIA E INFORMÁTICA1º - "Obra científica de Mario Schonberg" (USP)
2º - "Linguagens formais, teoria, modelagem e implementação" (Bookman), de Ramos, José Neto e Santiago Vega
3º - "Química verde" (Edufscar), de Xuin e Correa.

EDUCAÇÃO, PSICOLOGIA E PSICANÁLISE1º - "O tempo e o cão" (Boitempo), de Maria Rita Kehl
2º - "Caderno sobre o mal" (Civilização Brasileira), de Joel Birman
3º - "Brasil arcaico, escola nova: ciência, técnica e utopia nos anos" (Unesp), de Carlos Monarcha

DIDÁTICO E PARADIDÁTICO1º - "Uma história da cultura afrobrasileira" (Moderna), Fraga e Albuquerque
2º - "Coleção gira mundo" (IBPEX)
3º -"Almanaque de sentidos" (Moderna), Carla Caruso.

ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS1º - "Trabalho flexível empregos precários?" (USP), de Guimarães, Hirata e Sugita
2º - "Os anos de chumbo: economia e política internacional no entreguerras" (Unesp e Unicamp), de Frederico Mazzucchelli
3º - "Biocombustíveis, energia da controvérsia" (Senac), de Ricardo Abramovay

DIREITO1º - "A constituição na vida dos povos" (Saraiva), de Dalmo Dallari
2º - "Direito das companhias" (Forense), de Lamy Filho e Bulhões Pedreira
3º - "Curso de direito tributário: constituição e código tributário nacional" (Saraiva), Regina Helena Costa

CIÊNCIAS HUMANAS1º - "Viver em risco" (34), de Lucio Kowarick
2º - "A luta pela anistia" (Imprensa Oficial), de Haike Kleber da Silva (org)
3º - "Um enigma chamado Brasil" (Cia das Letras), de André Botelho e Lilia Schwarcz

CIÊNCIAS NATURAIS E DA SAÚDE1º - "Clínica médica" (Manole), de Milton Martins, Flair Carrilho e outros
2º - "Manual de diagnóstico e tratamento para residentes de cirurgia" (Atheneu), de Speranzini, Deutsch e Yagi
3º - "Medicina laboratorial para o clínico" (Coopmed), de Erichsen, Viana, Faria e Santos

TRADUÇÃO DE OBRA LITERÁRIA DO ESPANHOL PARA O PORTUGUÊS1º - "Purgatório" (Cia das Letras), tradução de Bernardo Ajzenberg
2º - "Três tristes tigres" (José Olympio), tradução de Luis Carlos Cabral
3º - "Cem anos de solidão" (Record), tradução de Eric Nepomuceno

Foto: G1