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25 de setembro de 2010

O Último Mestre de Ar - Blog e-Urbanidade


Ontem fui bem resistente, mas fiz a linha simpático, amável e sou-boa-gente. Então, topei assistir O Último Mestre do Ar em 3D. Devo dizer que achei o filme muito bom. Eu não conhecia nada da história, apesar de que todo mundo que já viu os desenhos falou que foi bem fiel. Eu adorei a boa produção que foi me apresentada. Com muitos efeitos especiais e do início ao fim.

Eu vi uma crítica no jornal sobre a película, elogiando muito sobre os efeitos, fidelidade a história, porém nada cult. Ok, quem vai assisitir um filme desse espera sair de lá pensando sobre a existência? Bem, eu só fiquei pensando mesmo quando será o segundo e, quem sabe, baixar uns episódios do desenho na internet e ver se curto.

Bom fim de semana, pessoal! Ah, não precisei da tarja preta!

20 de setembro de 2010

Amores Incertos - Blog e-Urbanidade


Amores Incertos da autora Roberta Polito é um romance pra lá de interessante. Realmente, não se pode dizer que seja uma comédia romântica, ao estilo tradicional chick lit, mas é literatura de primeira, que só encontramos em poucos escritores nacionais.

Amores Incertos
de Roberta Polito
O que é mais interessante no livro é o estilo maduro e muito bem construído pela autora. Percebe-se assim que as primeiras páginas são viradas que se trata um texto muito bem elaborado e com uma história bem construída.
Duas mulheres em busca do seu amor e que muitas vezes aparece assim: incerto. Marina acaba de chegar da Itália e encontra um marido estranho e ausente. Ele tenta ainda salvar o casamento e ela, a família. Por isso, assim que se lê as primeira páginas, não há dúvida, aquele sujeito aprontou alguma.

Em seguida, é nos apresentado, esporadicamente, elementos de outra personagem. No início, obviamente, não entendemos nada, mas as histórias de juntam e tudo vai ficando muito claro.

Como já disse, o ponto alto do livro é o texto maduro de Roberta. As cenas de arte-terapia, especialidade da protagonista, são muito bem construídas e chegam a ser destaque de sua literatura. Gosto muito de autores que mostram problemas pesados, de uma forma leve.

Essa forma “naturalizada” de dizer a realidade pode ser exemplificada em autores de novela, como em Manoel Carlos. Lembro até hoje de uma cena de oito minutos em que a protagonista ensinava a fazer arroz e com isso apresentava seus problemas pessoais. E Roberta consegue essa proeza em suas sessões.

Os três pontos altos do livro:
- A história de amor bem construída e cheia de boas reviravoltas. Muito bem escrita e elaborada. Nada é muito óbvio e ela sabe jogar tinta quando precisa.

- As cenas de terapia. Além de extremamente verossímeis, o texto consegue ser naturalista e ao mesmo tempo esclarecedor para o leitor.

- Os detalhes das viagens e aulas dos personagens pela Itália. Acho que a autora andou escrevendo com o notebook debaixo do braço, andando por aquelas bandas. Temos verdadeiras aulas sobre a história da arte nesses momentos.

Reconheço que algumas coisas me incomodaram na leitura. Primeiro, quando os personagens vão para a Europa. Ela vai para Itália e ele, Londres. A história se arrasta um pouco. Se houvesse um gráfico sobre a capacidade de nos prender, nesse momento dá uma caída. Mas não pense que isso perdura por muito tempo. Aliás, a grande emoção da história acontece logo em seguida.

Outro fator que poderia ser revisto é a quantidade de reticência que autora coloca nas suas falas. Aprendi com um professor de roteiro de cinema que nunca devemos usar tais pontinhos em nossos diálogos. Lá nas aulas ele quase nos dava palmadas quando usávamos. Aqui, tentei não ser radical, mas tem hora que ela usa demais. Poderia tirá-los pela metade, na próxima edição.

Também senti falta de uma explicação melhor sobre Vítor. É um dos pacientes cheio de mistério no início e depois que tudo é revelado, perde a função, fica solto. Ou melhor, some! É dito alguma coisa, quase ao final do livro. Mas quis saber por onde andava aquela paixão que ele tanto mostrava por Marina.

E por fim, normal!, uma confusão que acontece na página 97 e 98. Ela chama a heroína de Marília e não Marina. Fiquei em parafuso quando li. Voltei, reli alguns trechos e pensei que se tratava de uma nova personagem. Achei até que tinha passado desapercebida por mim. Mas foi erro da edição. Então, mais alguma coisa para ser consertada na próxima edição.

Isso aí, porém, são detalhes pequenos. E que não devem e nem chegam a prejudicar a excelente literatura feita por Roberta Polito. É um livro delicioso e que vale a pena ser lido. Não espere dar gargalhadas, pra quem espera os chick lit tradicionais. Mesmo sendo uma boa história de amor, o forte de toda a narrativa é a construção dos personagens e suas peripécias, tudo banhado a um bom texto.

Ah, e é fácil de achar numa livraria. Não é como uns e outros autores que lançam livro e as editoras nem se dão ao trabalho de mandar para as grandes livrarias! (Leia-se: Os Vipirisados!)

19 de setembro de 2010

Meme semanal nº 3 - Blog e-Urbanidade

Meme semanal hospedado pelo Lost in Chick Lit, onde compartilhamos pequenas informações sobre a nossa semana literária. Tendo como principal objetivo encorajar a interação entre os blogs literários brasileiros, fazer amizades e conhecer um pouquinho mais sobre outras pessoas apaixonada por literatura. Tem interesse em participar? Saiba como aqui!
Não deixe de ler as outras postagens da coluna. Clique aqui

Leitura do momento:
Anjo Pornográfico de Ruy Castro
O Clube das Chocólotras de Carole Mattheus
Juro por Deus e por meus pais que termino de ler esse último. É que resolvi terminar o Amores Incertos que estava já há muito tempo no meu criado.

Li essa semana:
Amores Incertos
de Roberta Polito

Resenhei essa semana:Nada! Mas amanhã entra Amores Incertos de Roberta Polito. Desculpem, é que não consigo ler tão rápido, mesmo que ache que 3oo páginas numa semana, para uma pessoa que trabalha quase três turnos por dia, seja bom.

Última Compra:
Continuo economizando. Vale colocar que comprei sabão em pó, Água Sanitária para casa, etc etc? Continuo tentando ler o que tem no meu criado. E não é pouco.

Desejo Comprar Urgentemente:A história é assim, para economizar não tenha desejos. Ok? Tem funcionado por duas semanas, apesar que fiquei muito tentado pelo A rainha da Fofoca em Nova York.
Conversa imaginária com personagem fictício:
Edu, pelo amor de Deus, Liz é maluca! Não percebeu isso por quê?
Eu falaria para o autor:Roberta, tira um pouco de reticência nos seus diálogos. Eu tenho TOC! Tudo bem! Farei o que é correto: tem vaga nas sessões de arte-terapia da Marina?
Estado de Espirito Literário:Quero degustar cada palavra de Clube das Chocólatras.

Literary Crush (paixão literária do momento):Tudo, desde que não tenha como tema as robalheiras da Casa Civil!

Im in mood for... (gênero literário do momento):
Folha de São Paulo com algum escândalo sobre a Erenice. Claro, Dilma não viu nada.

Vi e viciei (booktrailers, trailers, videos whatever):
Jorgito(Rafael Cardoso) tira a roupa para Thaís (Fernanda Souza) em Tititi.
Sem comentários.

Vale Tudo e Friends - Blog e-Urbanidade


Algumas novidades para quem curte televisão:

- As Friends Jennifer Aniston e Courteney Cox estarão juntas em um dos episódios do seriado protagonizado pela última na tevê, no Cougar Town. Na verdade, acho o seriado bem fraquinho, mas Jennifer interpreta a terapeuta da protagonista. Fique atento, pois a nova temporada começa já.

- Também aguarda-se com toda ansiedade a participação de Britney Spears no Glee. Já foi gravado e vem na próxima temporada do programa que deve estourar por aqui muito breve.

- E a boa novidade na tv brasileira é que Vale Tudo, a novela que eternizou personagens como Maria de Fátima, Odete Rotman e muitos outros, volta no canal Viva. O horário não é muito legal, ou passa pela madrugada ou meio-dia. Mas a gente grava e pronto! Mas um programa para o fim de semana.

Obs.: Já falei da minha admiração pelo texto e produção de Ti-Ti-Ti, mas realmente ando surpreso com tanto cuidado. Quem pode ver, esta última semana fizeram uma montagem com todos os personagens, tendo como fundo a lua cheia e os desamores. Inesperado de se ver no meio de uma produção. Coisas assim, mas elaboradas, só em primeiros e últimos capítulos. Mas está show, mesmo! Parabéns a todos. E se você não pode ver, grave!

16 de setembro de 2010

The Divine Miss M. - Blog e-Urbanidade

Bette Midler em The Divine Miss M
Bette Midler é realmente uma estrela da televisão, cinema e musicais americanos. Assim, como outras tantas atrizes, sua personalidade forte acabou-lhe deixando em ostracismo em alguns momentos e seus filmes não fazem sucesso com antes.

Bem, na verdade, andei puxando a ficha da mulher e nem se pode dizer que ela ficou fora do ar. É possível vê-la no cinema, pelo menos, a cada dois anos.

Lembro quando era adolescente de assistí-la num filme maravilhoso que me marcou mundo. Amigas para Sempre. Muito melodramático, mas a mistura entre humor, tragédias pessoais e muita música, era uma boa novidade.

Então, passei na locadora – era na época do vídeo cassete – e peguei todos os filmes da mega estrela. Foi um fim de semana com Bette. E foi muito divertido.

Para mim, o melhor filme da atriz, continua sendo Cuidado com as Gêmeas. É divertido e muito bacana. Fora que ela está ao lado de uma grande atriz, Lily Tomli. A história é simples, dois casais de irmãs gêmeas nascem e são trocadas, porém são criadas em famílias diferentes, com dada uma delas. Diversão na certa, não?

Em seguida, assisti Cenas em um Shopping. Reconheço que não gostei da dupla Woody Allen e Midler, mas foi boa tentativa cinematográfica.

A crítica caiu de pau sobre o Para Eles, com muito Amor. Eu gostei mesmo, apesar de achar melodramático demais, afinal detesto narradores que encerram suas histórias com mortes óbvias! Mas as canções estão lá e seu bom humor.

Em 2000, ela fez a série Bette. Era bem ruinzinho mesmo. Aliás, a atriz andou perdendo um pouco da sua verve. Tudo bem, ela estava ótima em Clube das Desquitadas.

Suas últimas participações foram em Mulheres... O Sexo Forte e o Cães e Gatos 2 - A Vingança de Kitty Galore.

Pra terminar, ela ganhou quatro Grammy Awards, um Emmy Award e um Tony Award, e foi indicada para dois Academy Awards (Oscar). A Primeira vez em 1979 por A Rosa e a segunda em 1991 por Para Eles, Com Muito Amor.

P.S.: O título The Divine Miss M. foi dado pela atriz Bette Davis.

14 de setembro de 2010

Maria do Carmo no blog - Blog e-Urbanidade

Dias atrás coloquei uma chamada aqui sobre as loucuras que fazemos por livros. Eu contei a história de que fui parar no Jardim Botânico do Rio de Janeiro para ler Clarice Lispector (clique aqui para ler).

Pedi a ajuda dos leitores do blog, mas só a amiga Maria do Carmo teve a coragem de se expor. E valeu mesmo, seus relatos são bem interessantes, principalmente para quem anda e faz qualquer coisa por um bom livro.

Segue abaixo, com um abraço e agradecimento especial a leitura assídua deste blog.

Adoro ler. Meu primeiro livro foi Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato um presente de meu pai. E, daí nunca mais parei de ler.

Quando criança e adolescente saía com minha avó para as compras o Rio. Ela me oferecia roupas, sapatos e tudo o mais. Porém, eu dizia que não tinha gostado de nada! Quando, pela Rua 7 de Setembro, passava por uma livraria, uma das melhores da época, perguntava a ela se poderia me dar um livro já que eu não tinha gostado de nenhuma outra coisa e ela comprava.

Que alegria! Eu já tinha um tesouro nas mãos! E, muita companhia por alguns dias!

Era praxe e, se ela desconfiava de minha intenção, fazia de conta que não estava nem aí.

Esta é outra história: Era sábado, estava no Rio e ia para o teatro de táxi. Como eu sempre andava com um livro nas mãos - meu fiel companheiro. Quando desci do táxi, já no teatro, descobri que tinha esquecido o llivro no banco de trás, quando fui pagar a corrida.

Fiquei consternada! O livro não era meu e sim da biblioteca da Maison de France. Na segunda-feira, liguei para lá e perguntei como poderia pagar o livro e a bibliotecária me disse que tinha que restituir um outro igual e da mesma editora. Fui a Livraria "Leonardo Da Vinci", uma das melhores do Rio, na época, disse que queria o livro tal, da editora tal...Era um livro de Sade, "Justine, ou les mahleurs de vertu", e a editra era tal (não me lembro mais).

Fui informada que o livro poderia ser encomendado, levaria uns 3 meses para chegar, mas que a editora tinha falido e eles iam trazer de um Livre de Poche. Fiquei pasma!
Avisei a biblioteca mas, eles disseram que isto não resolvaria.

Que fazer? Esperar...Isto mais parecia uma pequena maldade dos perversos personagens do Marquês.

Quase um mês depois, recebi um telefonema da bibliotacária dizendo que um motorista de táxi havia deixado lá o dito livro e tudo estava resolvido. Graças a Deus! Tudo terminara bem, não dava nem para acreditar!"

13 de setembro de 2010

Meme semanal 2 - Blog e-Urbanidade

Leitura do momento:O Clube das Chocólatras de Carole Matheus
Amores Incertos de Roberta Polito

Li essa semana:
Um Aprendizado ou O Livro dos Prazers - Clarice Lispector
Nove Minutos com Blanda - Fernanda França

Resenhei essa semana:Um Aprendizado ou O Livro dos Prazers - Clarice Lispector
Nove Minutos com Blanda - Fernanda França
Super Posts:
Respeitável Burguer no Gastronomix (Fiquei sabendo que tem gente me odiando, depois que escrevi.)
Um Aprendizado ou O Livro dos Prazers - Clarice Lispector

Última Compra:
Nada! Contenção de despesas!

Desejo Comprar Urgentemente:
O Solteirão - Carly Phillipes

Conversa imaginária com personagem fictício:"Bernardo, me passa o telefone do chaveiro!" - do livro Nove Minutos com Blanda.

Eu falaria para o autor:
"Clarice, não consigo desvendar Lóri. E nem você!"

Estado de Espirito Literário:
Quero ler Anjo Pornográfico mas o canto dos chick lits fascinam-me.

Queria ver no Brasil:
Mais ebooks traduzidos. É ridículo o que se tem para vender no momento. E na internet prolifera as possibilidades de baixar livros sem custo. Não quero piratear, mas está difícil.

Im in mood for... (gênero literário do momento):Livros de marketing do MBA.

Vi e viciei (booktrailers, trailers, videos whatever):Montagens do YouTube com a cena em que Diana descobre o que tem no computador do Gerson, de Passione.

Nove minutos com Blanda - Blog e-Urbanidade

Capa de 9 Minutos com Blanda
É verdade que o mercado brasileiro dos chick lits tem recebido bons autores nacionais e tive o prazer de finalmente ler o Nove Minutos com Blanda. O motivo da demora era a lista interminável de livros que estavam na cabeceira da minha cama. Agora tenho apenas cinco volumes lá...


Nove Minutos com Blanda é uma história bem divertida e daquelas românticas, para quem gosta de final feliz e algumas complicações básicas para chegar lá. Devo dizer que Fernanda França (na foto abaixo) tem um jeito muito leve e simpático para escrever. Até nas grandes reviravoltas ela consegue ser clara, sem pegar pesado. É quase um passeio pela vida da protagonista.

Blanda é uma garota de vinte e cinco anos com alguns problemas básicos. Uma crise no relacionamento afetivo que se arrasta por algum tempo. Uma carreira indefinida, com aquelas questões nossas de cada dia, qual o limite entre fazer o que gosto e o que preciso pra ganhar dinheiro. Uma história mal contada da separação dos pais e, por fim, um rapaz lindo, simpático que aparece de vez em quando para deixá-la em dúvida sobre seu relacionamento.


Um dos pontos alto do livro, além da forma de escrever da autora, é a história de amor que tem um desfecho esperado, mas com algumas peripécias bem construídas. E gosto de autores que conseguem não deixar o happy end na última página. É verdade que ela fez isso bem antes do fim e, daí, arrumei-me melhor no sofá para ver com ela se segurava. Afinal, nas leituras que fazemos sempre aprendemos com a forma de escrever do outro e nas saídas escolhidas. E ponto para Fernanda, ela conseguiu fechar a história de forma surpreendente e sem parecer que tinha acabado antes.

Eu só achei que a história demora um pouco para começar. No início fiquei na dúvida sobre para onde ela nos levaria. Mas lá pela página oitenta é pego pela história e pronto! O caminho é simples.

Também penso que as tintas jogadas sobre o namorado Max pareceram-me um pouco fortes demais. É fácil saber que ele era um zero à esquerda e fazer uma reunião de família para deixar isso tudo claro, soou meio irreal. Deixar o mico às claras, para todos verem? Mas é um elemento muito usado, por exemplo, pela Sophie Kinsella nos seus livros e personagens. Portanto, é um estilo bacana e faz sentido. O bom é que ela põe a personagem na cena inusitada, para mim, e se sai bem. A construção ficou muito bem feita.

Agora o tal Bernardo é o cara, heim? A história de sair do apartamento e voltar com o chaveiro... Já guardei como sugestão, quando quiser arrasar! Até eu me arrepiei! O cara é um galanteador de marca maior!

Só achei meio estranho ele fazer uma declaração de amor – linda! – no julgamento e o Juiz aceitar. Afinal, Blanda sabia que podia derrubar a testemunha apenas dizendo que o rapaz era namorado da pessoa que estava processando. Se ele faz uma declaração de amor daquelas e não parece que estava defendendo a protagonista? (Ah, também não entendo nada de Direito, talvez seja pura burrice da minha parte...)

O romance é delicioso, sim. Como aprendi nos cursos de teledramaturgia, o bom escritor é aquele que faz tudo parecer verossímil. E pronto, isso Fernanda França faz, até porque receber uma declaração daquelas, na frente de todos e de um Juiz, não é pra qualquer um.


Se você ainda não leu Nove minutos... deve adquirir o livro já. É uma dessas leituras perfeitas de chick lit e, principalmente, por ser nacional. E para as românticas que curtem boas histórias de amor é uma obrigação, principalmente para quem curte, por exemplo, Sophie Kinsella.


Não deixe de pedir na livraria e se divertir. Boa leitura!

12 de setembro de 2010

Edie Falco é Nurse Jackie - Blog e-Urbanidade

O Emmy, a maior premiação de TV americana, é um programa que gosto sempre de fazer. Portanto, este ano algumas coisas eu esperava e outras foram pura novidade.

Realmente, mesmo adorando Glee, como diz um amigo meu, o seriado anda ficando meio chatinho. Ele até disse que está com medo de sair do ar, muito mais rápido do que a gente imagina. Espero que esse rapaz esteja errado em suas previsões!

Como não tenho bola de cristal e muito menos entendo a cabeça dos empresários americanos, gostei de ver Modern Family ser premiado várias vezes, inclusive como Melhor Seriado de Comédia. É um seriado muito simpático e gosto dos programas com piadas tipicamente americanas. O humor irônico anglo-saxônico sempre foi meu preferido. Melhor do que o jeito escrachado de fazer rir à brasileira, dos tempos da chanchada; mas isso é outro assunto...

Muito bem, mas o motivo do post e da foto acima, é que eu não tinha ainda assistido nada de Nurse Jackie. A atriz levou um dos maiores prêmios da noite no quesito comédia, até por que não entendo o motivo do programa estar dentro dessa categoria. Tudo bem que não seja um drama, mas também o contrário me parece bem complicado.

Gravei alguns episódios e já assisti dois. Se gostei? Ainda tenho que ver mais, pois acabei pegando a segunda temporada em diante. É bom, a atriz realmente defende bem o seu papel - por isso, levou o prêmio de Melhor Atriz no Emmy. Não chega a ser um seriado com boas piadas e nem de situações, como consegue fazer com maestria Modern Family e Glee. Acredito mais que trata de todos os temas com um certo drama leve...

Vou assistir mais e futuramente conto mais sobre Nurse Jackie.

10 de setembro de 2010

Clarice para os amantes - Blog e-Urbanidade

Estava devendo a vocês algumas palavras sobre a Bienal São Paulo 2010 e mais especificamente sobre um dos encontros mais gostosos de participar. Tive a oportunidade de assistir um bate-papo, no Salão de Ideias, com a atriz Beth Goulart e Benjamin Moser.

Eu já tinha visto a atriz nos palcos por duas vezes, infelizmente não vi a peça em que interpreta a própria Clarice Lispector. Também não li ainda a biografia de Benjamim, mas está aqui na minha lista – que por sinal está enorme!

O desvendamento da autora foi fascinante e me fez pensar sobre o mundo fantástico de Clarice e como é difícil desvendá-la.

Um dos primeiros momentos e que realmente me fez pensar bastante é que por Clarice se apaixona na adolescência. Ela é uma dessas escritoras que falam diretamente aos jovens mais sensíveis e que buscam algumas respostas nessa fase da vida.

Reconheço que conheci a autora um pouco depois, mas não deixou de ser aos vinte e poucos anos. Mesmo assim, procurei sempre ler as crônicas e contos, pois sempre achei que merecia uma atenção muito especial para desvendá-la. Sem dúvida, fui sempre muito marcado por suas palavras e sua forma fascinante em que vê tudo.

Morse, por exemplo, chegou a autora meio desapercebido. Foi estudar chinês e português. Foi lendo os autores brasileiros que leu Clarice. Já atuando como crítico de cultura de um importante jornal americano, foi a fundo na história da escritora. Visitou o local onde nasceu e passou grande parte do seu tempo em São Paulo, para ouvir as pessoas que conviveram com Clarie. "Foi uma pesquisa profunda e que infelizmente tem mais de quinhentas páginas", comentou na mesa-redonda, justificando o tamanho da biografia, com muito bom humor.

Já Beth foi leitora compulsiva de Clarice na adolescência e decidiu fazer uma peça sobre Clarice e Fernando Sabino. Quando estava tudo certo, a família do escritor pediu para não fazê-la. Desnorteada e com toda uma pesquisa feita, partiu para representar apenas sobre Clarice, escolhendo alguns livros marcantes para descrever o amor, a mulher e outros elementos da autora. "Foi um mergulho sem volta", nos contou no Salão de Ideias.

Um fator interessante da palestra foi perceber como vários elementos da vida da autora estão presentes nos seus livros. É quase óbvio concluir isso, mas isso fascina. Por exemplo, quando ao ler Um Aprendizado ou O Livro dos Prazeres encontrei várias vezes explicando sobre a vida e fazendo comparações com o mar e a natação, dois elementos presentes na sua vida diária, conforme dito na Bienal.

Ao decidir ao falar sobre a mesa-redonda, portanto, me obriguei a ler mais um livro dela. E escolhi um dos que mais tive dificuldade aos vinte e poucos anos, que fui e voltei algumas vezes, Um Aprendizado... Aliás, percebo hoje que é um grandíssimo e lindo livro, porém com uma certa maturidade, principalmente após amar, é que é possível entender melhor. Também foi lá, com Beth e Morse, que soube ser o melhor livro da autora sobre sua visão do amor.

Qual a sua visão de amor? Bem, acho que você deva ler. Mas posso dizer que a personagem principal do livro vai passando por uma gradativa mudança e que a leva a total entrega ao amor. E para isso, ela discute com Deus, a natureza e consigo mesmo. Discussões pra lá de maravilhosas!

E quando um livro me toca, percebo que meu coração anda mais rápido. E me vi assim, várias vezes, enquanto o li.


Separei alguns trechos para vocês:

... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente.

A mais premente necessidade de um ser humano era tornar-se um ser humano.
Lóri, ouça: pode-se aprender tudo, inclusive a amar! E o mais estranho, Lóri, pode-se aprender a ter alegria!

... não é mesmo com bons sentimentos que se faz literatura: a vida também não.

A vida inteira tomara cuidado em não ser grande dentro de si para não ter dor.

Teus olhos, disse ele mudando inteiramente de tom, são confusos mas tua boca tem a paixão que existe em você e de que você tem medo. Teu rosto, Lóri, tem um mistério de esfinge: decifra-me ou te devoro.

Ela queria o prazer do extraordinário que era tão simples de encontrar nas coisas comuns: não era necessário que a coisa fosse extraordinária para que nela se sentisse o extraordinário.

A vida era tão forte que se amparava no próprio desamparo.

Mas não gosto de falar tudo. Saiba também calar-se para não se perder em palavras.

Amor será dar de presente um ao outro a própria solidão? Pois é a coisa mais última que se pode dar de si.

Tenho certeza de que Ele (Deus) não é humano. Mas embora não sendo humano, no entanto, Ele às vezes nos diviniza.

8 de setembro de 2010

Dando as caras no Gastronomix - Blog e-Urbanidade

Olha que bacana. Dia desses fui convidado pelo jornalista Rodrigo Caetano para escrever no blog dele sobre o Respeitável Burguer. Ficou bem legal a matéria.

O blog é Gastronomix e o link está ai: http://vai.la/10mI

Divirtam-se. E obrigado Rodrigo!

7 de setembro de 2010

Tii-ti-ti - Crítica - Blog e-Urbanidade

Já comentei aqui algumas vezes sobre Ti-ti-ti. Não preciso esconder que sou noveleiro, aliás devemos ser sinceros. Nós, da geração coca-cola, que fomos adolescentes e crianças nos anos oitenta, temos uma certa relação com a tevê e a telenovelas. Claro, tem gente que nunca foi ligado. Mas, eu era e sou ainda. E não sei porquê estou dando essa explicação...

Muito bem, Ti-ti-ti foi uma novela que marcou minha vida e quando vi que chegaria seu remake, fiquei com medo. De forma nenhuma aceitaria ter aquela novela cheia de bons momentos ser maculada.

Nada disso aconteceu, porém, Ti-ti-ti é um sucesso e das mais divertidas dos últimos tempos. O texto, o elenco, a direção e tudo mais estão simplesmentes impecáveis. E o que é Cláudia Raia na pele de Jaqueline? Não posso dizer com todas as palavras que atriz reina absoluta na história, pois não seria justo com muitos atores que estão ótimos. Mas é dela os melhores momentos da novela.

Quem teve a oportunidade de assistir na segunda, dia 06/09, encontrou uma coisa inusitada, o encontro de Mário Fofoca e Kiki Blanche, interpretados por Luís Gustavo e Eva Todor, respectivamente. E Cláudia dá um final a cena imitando a frenética abertura da novela Locomotiva de 1977, que antes que me achem velho demais, eu assisti uma das reprises. Aliás, ela entrou para tapar um buraco, às 18h na década de oitenta.

Então, pessoal, trate de gravar ou mesmo parar após as 19h, estamos com uma teledramaturgia espetacular no horário. E com diversão na certa. Em breve, quero falar da garotinha Mabi, vivida pela atriz Clara Tiezzi, que também está arrasando.

5 de setembro de 2010

Meme no Lost in Chick Lit - Blog e-Urbanidade


Meme semanal hospedado pelo Lost in Chick Lit, onde compartilhamos pequenas informações sobre a nossa semana literária. Tendo como principal objetivo encorajar a interação entre os blogs literários brasileiros, fazer amizades e conhecer um pouquinho mais sobre outras pessoas apaixonada por literatura. Tem interesse em participar? Saiba como aqui!
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Leitura do momento:
Anjo Pornográfico de Ruy Castro
O Clube das Chocólotras de Carole Mattheus
Um aprendizado ou o Livro dos Prazeres de Clarice Lispector

Li essa semana:O Segredo de Emma Corrigan de Sophie Kinsella
Nove Minutos com Blanda de Fernanda França

Resenhei essa semana:O Segredo de Emma Corrigan de Sophie Kinsella

Última Compra:
Criação de Curta-metragem em vídeo digital de Alex Moletta

Desejo Comprar Urgentemente:Leite Derramado de Chico Buarque

Conversa imaginária com personagem fictício:
Quero ser rico!

Eu falaria para o autor:Sophie Kinsella me passa seus contatos! Você tirou a sorte grande.

Estado de Espirito Literário:Quero encontrar mais ebooks na internet. Agora quero comprar todos para o e-reader.

Literary Crush (paixão literária do momento):Clarice, sempre!

Im in mood for... (gênero literário do momento): Qualquer coisa que fale de vampiros.

Vi e viciei (booktrailers, trailers, videos whatever):
Glee
Ti-ti-ti

O Segredo de Emma Corrigan - Blog e-Urbanidade

Finalmente trago novidades sobre um livro de Sophie Kinsella (foto), a autora da série em que leva a shopping holic Becky Bloom pelas ruas de Nova Iorque em busca de compras – e que virou um filme bem mediano.

Já me aventurei em outros livro da moça, o tal do Lembra de Mim (veja uma crítica que fiz sobre o livro, clicando aqui) e Samantha Sweet, Executiva do Lar. Odiei esse último, mas fui até o fim. Resisti! Como não desisto nunca e tinha uma pulga atrás da orelha que dizia: essa mulher faz sucesso por algum motivo, preciso saber.

Fui para O Segredo de Emma Corrigan e me diverti muito. Kinsella tem uma característica impressionante para criar suas histórias, a mesma usada em bons filmes e programas de comédia, coloca o personagem numa situação limite e complicada e brinca-se com as confusões e possibilidades .

O Segredo de Emma Corrigan parte de uma premissa simples, que acho ser um ponto relevante da autora, as histórias dela são baseadas numa protagonista forte e quando você pensa que ela não vai conseguir segurar a peteca por duzentas páginas, ela consegue. Vamos à história: Emma morre de medo de avião, então, numa turbulência, ela resolve contar todos os seus segredos para o sujeito sentado ao seu lado. E lá pelas tantas ela descobre que ele é o diretor da empresa que ela trabalha e nunca o viu, apenas ouviu falar dele.
As situações são divertidas e realmente dá para perceber alguns pontos positivos na forma de escrever da autora, a primeira, já falei acima, o texto simples e uma narrativa direta e sem grandes reviravoltas. Porém, bem amarrada com alguns ganchos previsíveis, mas que cumprem bem a função, querer ler o próximo capítulo.

Outro fator, são suas personagens sempre envolvidas em relações profissionais de relevância, afinal a autora trabalhou anos num jornal de economia, por isso, pode esbanjar um universo profissional característicos e bem verossímil do mundo que se presta a escrever.

Não gosto muito da forma melosa da escritora, tem horas que me sinto lendo Júlia, Bianca, etc, pra quem se lembra daquelas coleções antigas e românticas. Incomoda a mim qualquer autor terminar a história de amor na última página, parece muito “foram felizes para sempre”. Talvez seja por isso que a autora faça tanto sucesso entre as mulheres.

Bom, então vamos a alguns motivos por que se deve ler O Segredo de Emma Corrigan:

- O argumento é engraçado e autora consegue segurar bem pelas duzentas e poucas páginas. Existe até um “moral da história” interessante sobre as mentiras.

- É romântico e meloso. Eu não gosto muito, mas você pode gostar.

- Boas tiradas, muito engraçadas. Quando um livro leva de mim uma boa gargalhada, eu tiro o chapéu. E ela consegue. Ri muito, por exemplo, quando ela tenta esquecer o tal amor dela e resolve escrever na mão para se lembrar.

- Aqui para os escritores: a forma concisa de escrever da autora. O texto é simples e a gente tem a sensação que ela não vai segurar aquele simples argumento por tantas páginas. Mas, pasmem!, ela consegue e tem muita carta na manga. Os ganchos ao fim do capítulo são bem pensados. Também a protagonista que reina absoluta durante toda a história é um elemento bem interessante na forma de escrever dela. Não existem cenas ou histórias secundárias que dão suporte para uma principal. Tudo é centrado lá e Emma está em todas as páginas do livro.
- Um ponto bem negativo da autora: tem horas que a personagem dela parece ser muito burra. Tem coisas que ela diz umas coisas que é de amargar que estão mais que óbvias na cena construída.

Bom, a autora acaba de lançar um novo livro que estava bombando na Bienal de São Paulo desde ano, Menina de Vinte. Vou ler, mas acho que já dei bola demais para autora por hora. Eu saí de Lembra de Mim bem arrasado. Agora que limpou um pouco a barra, vou deixar para o futuro, que a Deus pertence. (Leia a resenha do livro no Lost In Chick Lit, clique aqui!)
Se quiser saber mais da autora, também dê uma olhada no linkdo Lost... e clique aqui.

3 de setembro de 2010

Loucuras pelas letras - Crônica - Blog e-Urbanidade

Você já cometeu uma leve loucura por causa de um livro? Vale tudo, desde ficar na fila para receber um autógrafo ou passar por algum lugar, ao saber que ali andou o tal autor a anos atrás.
Fiz algumas delas, umas bem simples, outras bem estranhas.

Por exemplo, assim que fui trabalhar no Rio há cinco anos, bem no Centro da cidade, uma das minhas primeiras paradas foi na rua do Ouvidor por causa de Machado de Assis. Confesso até que dei uma lida no tal conto do dono da livraria que o autor fala em uma das suas crônicas, antes de passar por lá.

Lembro de ir a Irlanda e fiz questão de conhecer a casa de Oscar Wilde e ver sua estátua no parque da frente. É realmente uma sensação impressionante. Parece que o autor ainda anda por lá.

Em falando dos best-sellers, fiz questão de reler e levar O Código da Vinci numa viagem por Paris e reviver alguns momentos da corrida do mocinho pelo Lovre, por exemplo. Parei até para olhar se as tais grades que existem para separar as câmeras do museu, ditas no livro, existem de verdade. Ah, fui ver a Mona Lisa só mesmo por causa do livro. Nunca vi tanta gente na frente de uma obra de arte. Era o ápice de sucesso do livro.

E para terminar, uma das mais marcantes, foi quando estava uma vez no Rio e encontrei um livro que queria comprar há muito tempo, Cem Melhores Contos Brasileiros do Século. Ao folhear o livro, me deparei com maravilhosos contos. Fiz o que mais curto na minha vida: comprar o livro e lê-lo tomando um café.

Ao ler, me deparei com o conto Amor, de Clarice Lispector. Não resisti. Pensei comigo mesmo: É agora!

Paguei a conta e saí em disparada. Procurei alguns mendigos na rua, quem sabe, se tivesse sorte, até um que mascasse chiclete. Imediatamente, peguei um táxi e fui parar no Jardim Botânico. Lá procurei ler e reler o conto. E assim, pudesse compreender o que seja “Jardim Botânico que por sua beleza fê-la temer o próprio inferno.”

Também alí, parece que a autora sentou ao meu lado e toda aquela sensação que ela tanto mostra nos seus livros, me tocou, mais uma vez, definitivamente. Aliás, devo falar em breve, aqui, como foi a mesa redonda que assisti sobre a Clarice na Bienal do Livro.

É isso aí? Que loucuras já fez por um livro? Ou até por uma música? Eu já até fiz questão de parar na Ipiranga com a avenida São João... E você?